Uma outra forma de ver a compra de um carro
9,6% - taxa de juros pagos
26.000 - custo do carro
475 - mensalidade do empréstimo
25% - desvalorização assim se sai do stand
70% - desvalorização após 4 anos
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Como havia referido anteriormente, o facto de viver sozinha nesta crise económica, tem disparado os meus níveis de ansiedade em relação ao futuro, em especial à velhice.
[Ontem lia sobre pessoas de 80 anos, a trabalhar à noite, para pagar os cuidados médicos do seu cônjuge. É um vislumbre para um futuro muito sombrio.]
Decidi que, aos (quase) 40 anos, devo considerar a urgência de um fundo de reforma com a mesma intensidade com que fiz o fundo de emergência.
Neste momento, o meu salário líquido é de 650 euros. Fazendo as contas muito por alto são cerca de €50.00 para transporte, se dividir o prémio de seguro por 12 meses, são mais cerca de €25.00; mais €50.00/mês de electricidade (variável), mais internet, mais TV, mais telemóvel... rapidamente estamos próximo dos €450 só em despesas fixas. Ora, €450 depois de pagas as despesas fixas é (para mim) o suficiente para poupar. Eu não pago renda, sendo os custos com habitação o que gasto com a sua manutenção (como por exemplo a substituição do telhado).
Assim, decidi organizar as minhas finanças da seguinte forma:
1. Conta corrente - salário
A conta salário recebe o salário ficará apenas com o valor de €530.00 (€450 para despesas não fixas, €50 para gasolina, €10 para telemóvel, €20 para um débito directo nessa conta). É possível que gaste mais em gasolina e menos em telemóvel, mas o valor aproximado é suficiente. É esta conta que possui o cartão de débito pelo que faz sentido incluir aqui algumas das despesas fixas.
2. Conta virtual - despesas fixas
Na conta virtual estará a verba mensal de €120 para pagar despesas fixas: electricidade, acesso internet e poupança para o seguro do carro.
3. Conta virtual - despesas fixas
Na conta virtual ficará igualmente um mini fundo de emergência no montante de €250. Este será para colmatar alguma despesa extraordinária, uma conta de electricidade surpreendente, uma despesa médica, uma reparação do carro. Se pensarem bem, €250.00 já cobre uma boa parte de despesas urgentes que nos levam a recorrer ao cartão de crédito ou cash advance.
4. Poupança 1 - fundo de emergência
Manterei o valor de €1000 para um fundo de emergência. Se somar esses €1000 aos €250, estamos a falar de 2 meses de salário. Parece-me uma boa quantia, considerando que pouco irei poder reforçar face à despesa com o telhado. Corresponde a aproximadamente dois meses de salário.
5. Poupança 2 - reparação do telhado
Tudo o que poupar, seguirá para reforçar a poupança para a substituição do meu telhado. Como o soalho é logo a seguir (se não for antes), estou a esforçar-me para cumprir este objectivo: pagar as despesas sem recurso a crédito ou apoio de familiares.
6. Poupança 3 - reforma
O meu desafio pessoal e compromisso para com o meu futuro. Da conta corrente (1) irá sair a verba de €65 (10% do salário líquido) para a minha reforma.
Para que isso fique imediatamente reflectido nos meus rendimentos e na verba disponível para gastos, irei constituir uma aplicação com reforço automático. Ao dia X, sai automaticamente da conta.
Poderá parecer um pouco estranha esta separação em 6 contas/aplicações, mas eu sou uma pessoa visual e preciso de ter as diferentes verbas devidamente separadas, para saber exactamente o quanto tenho para que rubrica. Resulta comigo.
(Continua)
Enquanto fazia o meu serão de tarefas blog, escolhi como som ambiente o podcast do Dave Ramsey. Este mês tenho sentido que ando pouco rigorosa com as contas, com tantas promoções a aliciar-me (as miúdas continuam a ser a maior tentação).
O programa de rádio tem a particularidade de incluir telefonemas de ouvintes, com pedidos de ajuda e de informações. Mas o melhor são os telefonemas para o grito "livre de dívidas", literalmente um grito de celebração do momento.
Para quem compreende um bocadinho de inglês, garanto que será inspirador.
Uma nota interessante: Dave Ramsey dizia que 90% das emergências podem ser cobertas com um fundo de emergência de 1000 dólares (cerca de 740 euros).
Há imensas páginas que me inspiram, as da Joana Roque (As minhas receitas; A economia cá de casa) e são um exemplo disso. A sugestão de hoje passa por considerar a hipótese de fazer os seus presentes caseiros.
As hipóteses são imensas e algumas apenas implicam misturar ingredientes. Sequer será necessário cozinhar. Recordo-me de uma sugestão do Mário, que comprou umas belíssimas garrafas de azeite para fazer uns cabazes de Natal. Eu cá aproveito para lhe recomendar que as acompanhe com uns frascos ou saquinhos de sal aromatizado.
Fazer presentes caseiros alimentares implica alguma experimentação (em especial se são para cozinhar por azelhas na cozinha como eu), ir reunindo os materiais (como frascos) e produtos em promoções para a confecção, pelo que vá experimentando e testando para que, quando o Natal chegar, esteja segura/o da escolha e tenha o trabalho adiantado.
Parece-vos surreal estar a falar já do Natal? Concordo. Na verdade, tendo em conta o stress e o dinheiro gasto, acho que supenderia o Natal por uns 6 meses (a proposta parece-vos familiar?).
Este ano, estou determinada a tentar um Natal diferente, com um maior enfoque no simbolismo e menos stress. Um Natal mais poupado e organizado. Quero partilhar convosco algumas descobertas e sugestões e, por não, algumas reflexões.
Daqui ao dia 24 de Dezembro haverá 1 link por dia no Pinterest, no álbum dedicado: 100 dias para o Natal. Não se esqueçam de o seguir.
Acredito que a antecipação poderá permitir que as ideias sejam agregadas, os materiais a reciclar reunidos e acima de tudo o maior planeamento traga paz de espírito para gozar o período.
Por exemplo, no que respeita a decoração, estou convencida que (até mesmo se forem pequenos comerciantes) não é necessário gastar dinheiro. Existem ideias fantásticas para reutilizar materiais básicos.
O apelo ao consumismo é imenso. E a nova moda é "poupança" por isso, não é surpresa que surjam mensagens como "poupe ao comprar uma marmita de €40.00".
É verdade que, se realmente vai utilizar intensivamente a "marmita/mala térmica" e poupar 2 centenas de euros por mês, compensa e muito. É um investimento.
Mas é um investimento necessário?
A mala térmica
Possuo mais que uma. Ou das ofertas de iogurtes, ou congelados ou sumos. A que utilizo quase diariamente tem vários anos. Nela cabe perfeitamente o acumulador de frio do meu congelador. É dessa forma que a utilizo.
Aliás, acho que todas as minhas malas térmicas têm mais de 3 a 5 anos.
Os talheres
São os da casa, embrulhados num guardanapo. No final da refeição, voltam sujos embrulhadas no mesmo guardanapo (utilizado na refeição).
Os recipientes
O meu primeiro investimento feito com o dinheiro de um presente. Comprei 4 recipientes de vidro que vão ao microondas, sem BPA. Têm todos o mesmo tamanho para que fiquem arrumados convenientemente no armário.
No natal recebi como presente uma Mombento que é bastante compacta (por vezes demais) e que me levou à minha única extravagância: comprei dois copinhos para molhos (até essa data utilizava pequenos copos de iogurte bem fechados).
As sopas. Até à data, os recipientes que havia comprado não vedavam suficientemente. Era sempre um problema. Eu tenho um microondas no local de trabalho pelo que não se justificava um recipiente térmico para o efeito. Fui utilizando frascos de vidro diversos, de compotas, a azeitonas até garrafas de sumos.
Levo sempre um recipiente vazio que servirá para aquecer no microondas e comer.
Por isso, não comecem por grandes investimentos. Eu fui percebendo o que gostava mais ou menos e as minhas necessidades com a experimentação com diversos materiais ou tamanhos.
E desse lado? Há marmitas low cost?
Imagem: Sapo Saber
Como já havia referido, eu possuía uma estratégia de ir guardando as moedas de 1, 2 e 5 cêntimos de modo a ser o meu orçamento para o meu envio de postais (Postcrossing).
Porém, descobri que são precisamente os comportamentos, como o meu, de reter as moedas que as pode condenar à extinção. Isto porque, para os países, porque começa a ficar demasiado caro estar sempre a emitir moeda para substituir a que está a desaparecer de circulação.
Curiosamente, nos EUA discute-se precisamente a possibilidade de passar as notas de 1 dólar para moeda, precisamente pelo mesmo motivo: andam a desaparecer de circulação e o custo de as substituir acaba por ser elevado.
Por isso, liberte a suas moedas de aço banhado a cobre.