Imagem: lifeasyouliveit
De vez em quando sou interpelada sobre o desafio poupar em 52 semanas, que no fundo consiste em poupar uma quantia crescente de €1.00 por semana. Ou seja, na primeira semana coloca no mealheiro a quantia de €1.00, na 2ª semana coloca €2.00 e sucessivamente, até à 52ª semana em que coloca a quantia de €52.00. No final do ano terão amealhado €1 378.00, uma média de €26.50/semana ou cerca de €115.00/mês.
O blog comvidascruzadas pergunta: Boa idea ou nem por isso?
A estratégia tem os seus méritos:
1. Para quem não tem hábitos de poupança, qualquer estratégia que funcione, é uma boa estratégia para começar.
2. Começar com uma pequena quantia de cada vez poderá ser um incentivo para continuar. Afinal de contas, estamos a falar de 1 ano.
3. O facto de ser um desafio que decorre num espaço de tempo alargado (e progressivo) permite ajustes, cortes, aprendizagem e reajustes. Tudo o necessário para conseguir poupar essa verba no espaço temporal que possuem.
4. Para quem tem consciência que "desperdiça" dinheiro e deseja poupá-lo, este pode ser um excelente desafio para começar a poupar.
5. No final do ano terão €1 378.00.
Mas também tem reais desvantagens:
1. O facto de estar organizado em semanas poderá não ser muito claro pois os nossos rendimentos (e uma boa parte das despesas) é mensal.
2. Se no primeiro mês (4 semanas) só têm de poupar €10.00, no último precisam de poupar €202.00 (soma irrealista para alguns).
Em suma,
se o desafio for considerado no âmbito de uma estratégia global de poupança - a partir de determinada quantia têm de realmente pensar onde não gastar, a ideia do escalar da quantia a poupar trás muitas vantagens;
para quem deseja começar mais devagar (eu defendo que mesmo a pequena poupança e uma boa poupança), pode adaptar o desafio a outros valores:
Opção 1:
52 semanas, com incrementos de €1.00/mês
1 mês - €1.00/semana, ..., 12 mês - €12/semana
Total: €364.00
Opção 2:
12 meses, com incrementos de €5.00/mês
1 mês - €5.00, 2º mês - €10.00, ..., 12 mês - €60
Total: €390.00
Julgo que as duas opções que sugiro seriam uma melhor estratégia para começar um fundo de emergência, de forma realista.