O que aprendi com a proibição de não comprar livros
Um dos meus objectivos de 2016 é: não comprar livros para mim, durante um ano. Excepção para os livros comprados como presente, nomeadamente para as miúdas.
Estou a cumprir. Mas custa-me cumprir, especialmente quando participo num clube de leitura partilhada e nem sempre encontro os livros que preciso, na biblioteca pública. E custa-me imenso ver livros que desejo, com boas promoções e não aproveitar.
Mas a verdade é que nunca li tanto como nos últimos dois anos, quando comecei novamente a frequentar as bibliotecas públicas.
A verdade é essa: durante anos eu não ia a bibliotecas, ia a livrarias e comprava um livro. E depois o livro ia para a prateleira, à espera de ser lido, muitas vezes durante anos.
Com a ida à biblioteca, há o compromisso interno de só pegar nos livros que EFECTIVAMENTE vou ler, porque terei de o devolver em 15 dias ou 30 dias.
Ir à biblioteca é como ter uma livraria em que os livros são grátis. É assim que me sinto, vou no meu intervalo de almoço, passeio-me e volto com uns livros na sacola.
E ao passear-me, fico com tantos livros no meu radar, que parece que o tempo nunca será suficiente para os ler todos.
E subitamente, a minha mente deseja ter os livros da biblioteca. Tenho constantemente presente que quero ler mais este ou aquele (que lá estão). E para cada 1 livro que quero ler e que não têm, há 10 que têm.
Essa substituição de hábitos, também se revelou uma poupança indirecta: em vez de ir passear para a livraria, que fica dentro do shopping e onde iria almoçar, agora almoço primeiro a marmita no escritório e depois vou passear para a bilbioteca pública.
Não vos vou dizer que não estou a fazer contagem decrescente para comprar livros em Janeiro de 2017, mas garanto-vos que a lista de compras é muito mais selectiva que as compras impulsivas, e por vezes desperdiçadas, que muitas vezes fiz.