Correspondência com um empreiteiro - assumir os erros
Durante o processo de realizar os orçamentos, eu insisti com todos os profissionais que era para substituir todos os barrotes de telhado. Quando mencionavam a possibilidade de ir lá cima levantar telhas para confirmar, eu insistia que não era necessário, que tinha certeza.
A minha certeza estava sustentada na palavra de um amigo da família, empreiteiro, que conheci a vida toda e que sempre me ajudou quando precisei.
Isso foi-me dito há muitos anos - talvez mais de 10. E agora pergunto-me se ele disse os barrotes ou qualquer outra parte de madeira (a parte superior que sustentava o cume, com efeito apodreceu e foi isso que deu a impressão de telhado abatido). Eu associei a barrotes?
Em suma, os barrotes não precisam de ser substituídos, a não ser que eu queira trocar o velho pelo novo. E como acredito mais na durabilidade de pinho de 120 anos, que na madeira nova, fico-me pelo velho.
Estavam preparados para colocar os barrotes novos, até porque são mais direitinhos e é mais fácil colocar a restante estrutura.
Fui eu que contactei o empreiteiro no sentido de não o fazerem. E eu, assumo os meus erros, nomeadamente o custo de todo o material já encomendado - os barrotes, a alocação de pessoal, um orçamento acertado para uma obra global (que eu renegociei).
Ganho em tempo de execução de obra e numa consciência limpa.
Quem sabe se o empreiteiro não tem também a consciência de abater qualquer coisa ao preço global ou se a venda dos barrotes me dá qualquer coisa.
Ainda não sei como acaba esta história. Seja como for, sinto-me conformada com o resultado, seja ele qual for.
Actualização:
Acabaram por utilizar os barrotes para intercalar com os restantes, de forma a assentarem melhor as placas de madeira que ficam por baixo da subtelha.
Ainda assim, aprendi a minha lição.