...
Em tempos de trocas directas, facilmente cada pessoa apercebia o valor de troca, sem subterfúgios, de cada objecto: os olhos experimentados reconheciam o tempo de trabalho incorporado nas coisas, e não havia mistérios económicos.
Agora o comerciante explora o valor de uso de cada objecto, sob a forma de necessidade, real ou imaginária, das populações sujeitas. E o prestígio, mágica auréola, conta em todas as lutas de poder.
(...) já ninguém conhece o valor de seu trabalho, mas todos conhecem o montante de sua servidão.
A morte da mãe - Maria Isabel Barreno