Um medo que não ultrapassei
Hoje tudo confluiu para este post: a história de uma amiga na semana anterior, o agravamento da instabilidade económica, um comentário, uma mensagem privada e o "inspira-me" do Sapo Blogs. Eu não consigo sacudir o meu medo de me ver sozinha numa situação de insuficiência económica.
Vamos por partes. Primeiro, viver sozinha é uma opção pessoal, logo é algo que continuará até ao fim dos meus dias. Mais, a partilha de tal receio com familiares é imediatamente contraposto com um nem penses nisso, isso jamais aconteceria. Ainda, tenho a consciência de que ver-se sozinha numa situação de insuficiência económica não é nada, se comparado com um viver com filhos para criar, numa situação de insuficiência económica. Mas este post é sobre os meus medos e eu não tenho filhos para criar.
O facto de ter uma retaguarda familiar não significa que a deseje. Ainda que a tenha, o meu medo é que precise dela.
Por isso, num certo momento da minha vida, que não posso precisar, mas que anda de mãos dadas com este blog e outros, decidi arregaçar as mangas e fazer tudo o que puder para melhorar as minhas probabilidades. Faço tudo o que posso? Não. Por vezes a preguiça impera ou tento outros caminhos. Mas vou fazendo o que posso.
E é assim que a aproximar-se vertiginosamente dos 40, uma gaja decide começar a poupar em versão hard-core. E hoje, porque as estrelas se alinharam para me dar uma paulada na cabeça, decidi ser mais honesta e mais aberta e mais verbal com o que faço e como faço.
Sou um exemplo? Não, se fosse não precisava de desenvolver esforços para melhorar as minhas finanças pessoais. Mas talvez algum dos meus exemplos seja útil.