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in A casa e o mundo de Rabindranath Tagore
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in A casa e o mundo de Rabindranath Tagore
Esta foi difícil. Cabelo muito danificado (que não consegui recuperar), rasgada, sem roupa e com a porcelana riscada.
Tinha todos os materiais que utilizei neste projecto, pelo que foi custo zero.
Um pormenor: as tiras das sandálias são as tiras de pendurar casacos de malha, que corto logo que compro algum.
Volta para a loja solidária, onde a encontrei, na esperança que seja adoptada.
Porque tenho um hospital de brinquedos:
Confesso que já não me recordo em que podcast ouvi uma excelente síntese sobre o papel da nostalgia, em estudos sobre a felicidade. Mas certamente terá sido ou The Minimalists ou Afford Anything.
No fundo, os estudos psicológicos sobre a matéria dão razão a algo que muitas/os de nós descobrem durante a vida: o que nos faz feliz, geralmente não é aquilo que achamos que nos iria fazer feliz.
É assim com muito do que compramos: achamos que nos iria trazer felicidade e um dia olhamos para o mono e pensamos como será a melhor forma de nos vermos livre dele.
É por isso também, que as experiências são mais satisfatórias a longo prazo porque, na nossa memória vão ficando cada vez melhores. Lembramos com uma saudade nostálgica o quando gostamos de um local, nos divertimos num dia irrepetível...
Todavia, com o tempo (e em regra), os objectos depreciam em valor e passam a ser uma lembrança constante do que já não valem e um obstáculo ao novo objecto (em regra maior e melhor).
Algo a pensar, quando fazemos contas àquilo que desejamos comprar, para nós e para os outros.
Quem acompanha o blog há algum tempo, sabe que eu utilizo como motivação para poupar, duas estratégias combinadas:
1º
Poupanças automáticas
No início do mês, retiro da conta à ordem, as verbas que quero poupar para despesas não mensais e supresas: €50/mês para carro (reparações + seguro + impostos, etc)
2º
O que sobra também é poupança
Todo o valor de salário mensal que não gastar, chegado o final do mês, é encaminhado para o fundo de emergência.
Ora, como devem imaginar, quando o chega o final do mês, a minha conta à ordem está quase sempre a zeros, porque a folga é pouca e não tenho conseguido poupar.
Isso é um pouco desmoralizador, se não complementar com lembretes do quanto tenho EFECTIVAMENTE poupado:
Não tenho seguro de saúde, mas há dois tipos de consultas que faço no privado: dentista e ginecologista. Para essas consultas e exames extra, totalmente no privado, poupo sempre €50/mês.
No início do mês, há uma transferência automática para reservar €50/mês para carro, que poderá servir para reparações, o seguro, imposto, inspecção...
Olhando para a verba, fico logo aliviada por ter já disponível o valor do seguro automóvel, apesar de este só ser pago em Novembro.
Se não houver surpresas, terei o suficiente para cobrir isso e novos pneus.
É a verba de que mais me orgulho. Há um ano usei o que tinha poupado nas obras da casa e desde então tenho poupado €100 por mês para a minha reforma, além do esforço que tenho feito para descontar para a SS + um segundo subsistema de previdência.
O meu fundo de emergência é o que mais se tem ressentido com a minha incapacidade de poupar, nos últimos meses.
É uma das principais razões que me tenho de me recordar de tudo que poupo acima, mesmo que a poupança não seja "real" e uma mera antecipação de despesas anuais.
E depois há o dinheiro que aguarda em envelopes, para despesas que certamente virão:
Viver num orçamento zero não é fácil, mas em qualquer dia da semana, eu prefiro ser das que se auto-impõe um orçamento zero, a realmente ter de viver com um.
Por isso, nada como um lembrete do quanto realmente sou uma privilegiada, entre tantas dificuldades que vejo por aí.
Este mês foi de orçamento zero. Não gastei mais, nem poupei. Ainda assim considero-o positivo por duas razões:
- apenas gastei €9.05 em restauração e metade disso, foi uma refeição no fim-de-semana, em passeio;
- os erros que cometi foram absorvidos pelas poupanças que fui fazendo durante o mês (por exemplo na restauração).
Os erros:
- gastei €31 em "maluquices" que nos últimos tempos é quase sinónimo de compra de livros, em que me ando a exceder;
- fiz um gasto de €60, que se revelou um desastre e puro desperdício de dinheiro.
Em relação aos envelopes, a coisa até correu bem e os "excessos" são de cêntimos. Até o supermercado não contabiliza o reembolso que conto receber.
Este mês tenho gasto mais em restauração e provavelmente irei gastar mais em gasolina. Os passeios a tentar imitar férias que não vou ter, levam a isso.
Como eliminei o envelope férias, o meu objectivo para Agosto é que os gastos extra sejam absorvidos pelos cerca de €100 que tenho para despesa fora dos envelopes.
Já perdi a conta à quantidade de itens que recuperei de sacos deixados junto a contentores de reciclagem. É uma das vantagens de reciclar. É um dos objectivos de quem quer diminuir a sua pegada ambiental - mesmo à custa dos outros.
Recuperei muita roupa. MESMO muita roupa. Algum calçado. Alguns brinquedos, entre eles uma enorme caixa de legos.
Uma amiga já encontrou sacos de livros infanto-juvenis. A tudo foi dado um destino, que passou pela reutilização.
Neste momento, tenho duas máquinas (8+6kg) a lavar roupa que não é minha. Tenho sempre para onde encaminhar. Aliás, há já duas ou três famílias que irão, de bom grado, aproveitar as inúmeras peças de criança já para a próxima estação. Roupa boa, com mais ou menos uso e até sem sinal de uso.
Se se a roupa não serve para vestir, há inúmeras utilizações, antes de terminarem no contentor de têxteis (a pior das hipóteses):
- roupa para bonecas;
- retalho para carteiras;
- retalho para um centro de formação com ensino de costura;
- almofadas (um retalho para a almofadas e restos para o enchimento).
Neste momento, tenho duas máquinas (8+6kg) a lavar roupa que não é minha. Tenho sempre para onde encaminhar. Aliás, há já duas ou três famílias que irão, de bom grado, aproveitar as inúmeras peças de criança já para a próxima estação. Roupa boa, com mais ou menos uso, mas também sem sinal de uso.
A boneca estava nua, numa loja solidária. O anel/pulseira e a bandelete tinham sido recuperados de um saco de brinquedos e agora encontraram nova dona. O vestido e as calcinhas fiz com retalhos.
Já a devolvi à loja e aposto que voltando, já não a encontro.
O nosso lixo tem tantas vidas desperdiçadas.