Segundo um estudo do IPDT, "entre junho e setembro 77% dos portugueses vão fazer férias fora de casa". Uau... é bastante... ou não!
É que parece que um terço dos portugueses mente sobre o seu destino de férias e cerca de 10% até publicaram nas redes sociais uma imagem falsa.
É muito fácil deixarmo-nos cair no descontentamento, na ideia que só as férias fora de casa são verdadeiras férias e constituem descanso.
E sim, não é fácil sentir que tivemos férias, quando a rotina é a mesma ou tudo parece idêntico.
Mas é igualmente verdade é que não precisamos de pagar por férias. Muitas vezes, é a inércia que nos faz não ter as merecidas férias.
Apesar de tudo, vivemos num local seguro, com bom tempo, muito bonito e em que o acesso a espaços públicos é facilitado.
Se estivermos num destino de férias, em regra não ficamos fechadas/os no hotel e vamos explorar a cidade e os locais públicos e/ou de entretenimento. Não há razão para não fazer o mesmo quando estamos em casa.
Sabiam que o nosso cérebro vive mais intensamente a antecipação que as memórias das férias (fonte)?
Ou seja, uma boa parte da felicidade associada às férias está na fase do seu planeamento (fonte).
Por isso e porque este ano não vou ter férias, mas uns dias "roubados" aqui e ali, comecei a procurar inspiração para ter uma sensação de férias.
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1.
Algo mental (inspiração)
Como não tenho com quem fazer umas noitadas de jogos de tabuleiros, vou fazer algo que adoro e faço muito pouco: puzzles. Há anos que comprei um puzzle de 2000 peças numa loja solidária e ainda não o montei.
Sem custo. Já tenho o puzzle.
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Algo mental memorável
Vou ler o Anna Karenina, de Liev Tolstói numa leitura partilhada. O meu primeiro calhamaço russo. ![]()
Sem custo. Já tenho o livro.
2.
Algo físico (inspiração)
Com a chegada do verão posso fazer umas caminhadas depois do jantar. Afinal de contas, vivo numa zona fantástica para isso.
Também pensei em utilizar um período de experimentação gratuita num qualquer ginásio, mas a perspectiva de uma caminhada pela praia ao pôr do sol, parece-me muito mais apelativa.
Sem custo. A praia é pública (por enquanto).
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Algo físico memorável
Subir a Torre dos Clérigos. São seis andares e mais de 200 degraus.
Planeio levar comigo a minha sobrinha mais velha.
Custo: €5/pessoa
3.
Fazer de turista na minha cidade
Vou aproveitar o 1º domingo do mês para visitar museus, mas terei de evitar o centro da cidade do Porto. É que está apinhado de turistas. ![]()
Um dos museus que não conheço e é fora da cidade é o Museu da Imprensa Nacional. Mesmo pagando, o bilhete é muito barato.
Custo: €2 (semana), €1 (fim de semana)
Vou tentar começar já a aproveitar os 1ºs domingos do mês para revisitar alguns. Aqui entra a fase do planeamento: ver o que está em exposição.
Vou consultar a programação do Ciência Viva no Verão 2019 e participar.
Das vezes em que fui (perto ou longe), fiquei sempre com a memória de experiências fantásticas: visita guiada ao Jardim Botânico do Porto durante a noite para ver as flores nocturnas, caminhada pela Serra da Freita, subida ao Farol de S. Pedro de Moel (em que me perdi no pinhal de Leiria)...
4.
Cinema
Levar as miúdas ao cinema será a actividade mais custosa. Há sessões grátis que posso aproveitar, mas elas estavam com vontade de ir ver o Aladino e há imenso tempo que não saio com elas.
Para mim, confesso que prefiro pagar uma mensalidade da Netflix e fazer uma maratona de cinema com muitas pipocas à mistura.
5.
Entretenimento gratuito
Durante o verão há muita oferta cultural gratuita, organizada pelo Estado, Municípios, centros comerciais e até lojas.
O Marshopping tem concertos, magia, espectáculos infantis e tudo gratuito.
Também tenho de espreitar o programa cultural da FNAC, que me costuma interessar.
Ainda estou na fase de planeamento. Mas prometo que, no final do verão, quando me perguntarem o que fiz nas férias, vou ter muito que contar.