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Diário das minhas finanças pessoais

Um diário sobre finanças pessoais, produtividade e a busca pela positividade

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Ultra Aprendizagem

A minha estratégia para aprender dactilografia #2

23.10.19

Ultra Aprendizagem: A minha estratégia para aprender dactilografia #1

 

Porquê a dactilografia?

Neste momento, eu consigo escrever com 2-4 dedos, em português, com uma velocidade de cerca de 49 palavras por minuto e com uma precisão de cerca de 87% (erros têm de ser corrigidos e abrandam-nos). 

 

Se conseguisse ser mais eficiente na escrita, isso teria uma efeito multiplicador na minha vida pessoal e profissional. 

Aumentar a minha velocidade de escrita, permite-me ser mais eficiente no trabalho e poderá, se tiver de trabalhar em casa, ser uma ferramenta essencial para actividades profissionais como transcrição, tradução, etc....

 

Há outras competências que desejo adquirir, mas considero que essa é basilar e terá um efeito multiplicador para as restantes.

 

Eu não tenho o luxo de poder dedicar-me exclusivamente ao projecto. Além do trabalho, tenho responsabilidades familiares que consomem uma parte significativa do meu tempo e/ou não me deixam descansada para aumentar (ainda mais) o tempo que estou fora de casa, para fazer um curso.

Por isso, vou fazê-lo sozinha, utilizando os princípios do ultralearning.

 

Utilizando os princípios da ultra aprendizagem

 

Cada projecto é único, não só pelas suas particularidades intrínsecas, como pelo estilo de vida de quem o irá implementar.

 

O meu objectivo é conseguir, em dois meses, escrever a uma velocidade mínima de 60 palavras por minuto, em português (o inglês ficará para depois).

 

Os 9 princípios da ultra aprendizagem aplicados ao meu projecto:

 

1 - Meta aprendizagem

A primeira fase é aprender a aprender.

E a primeira coisa que aprendi é que, aqueles altos nas letras F e J do nosso teclado são as teclas base da dactilografia. É onde os nossos dedos indicadores devem repousar. E esta hein?

Depois, aprendi que o método "touch" ou "toque rápido" é a forma mais eficiente de aprender dactilografia.

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Existem outros métodos rápidos, mas nenhum que me possibilite uma estratégia de aprendizagem para aumentar a velocidade.

Mas onde e como? Há tantos programas online... alguns eu já havia tentado.

 

Recorri a várias linhas de comentários no Redditt (benchmarketing) e, resumidamente, percebi que a estratégia mais recomendada passava por concentrar os meus esforços na precisão (sem erros) e que a velocidade surgiria por acréscimo (e que ainda poderia ser melhorada na fase final).

 

Percebi também, quais os programas seriam os melhores para aprender (www.typingstudy.com ou www.typingclub.com) e quais seriam os melhores para praticar e para exercitar a velocidade (www.keybr.com, https://www.typingbolt.com, https://zty.pe, play.typeracer.com) .

 

Depois, a investigação levou-me a questões relacionadas com o tipo de teclado, a forma como abordar/repetir os exercícios, etc...

A informação é demasiado extensa para a replicar aqui, mas penso que deixei a ideia de como esta primeira fase é importante.

E para mim, foi instrumental para ter uma estratégia realista e sustentada.

 

2 - Foco

Naturalmente, o sucesso da empreitada implica que eu seja capaz de cultivar a minha capacidade de concentração.

Há quem, para aprender dactilografia, se obrigue a apenas usar o método de toque rápido, mesmo na fase de aprendizagem, para acelerar o processo.

Eu tentei, mas é demasiado frustrante. Estava a fazer 5-10 palavras por minuto e dar em maluca.

Mas conto restringir-me ao novo método, a partir da 6ª semana, pelo menos em casa e na maioria das horas em que estiver a trabalhar.

 

3 - Direccional 

Aprender, fazendo a coisa (exacta) em que desejamos ser bons. Aprender/fazer é uma componente do meu plano.

Como referi, espero que depois de consolidar a aprendizagem, consiga restringir a minha dactilografia ao método rápido, mesmo que sacrificando a velocidade.

 

4 - Exercitar 

Praticar constantemente e atacar os pontos fracos. Para isso, escolhi alguns programas em que posso concentrar-me numa fase em concreto, ou num conjunto de letras.

E pelo pouco que pratiquei, já percebi que há dedos que parecem ter um movimento menos natural e, por conseguinte, mais difícil (a letra S, por exemplo).

 

5 - Testar para aprender

No final de cada semana, irei fazer um teste de velocidade e precisão.

O objectivo para esse teste não é, testar por testar, é rever essa informação para melhorar.

 

6 - Feedback

Suponho que, no meu caso, o único feedback que terei é das aplicações informáticas que irei utilizar.

 

7 - Retenção

Entender o que é esquecido e porquê. Neste momento, porque se trata de dactilografia, estou a ler algumas coisas sobre o conceito de aprendizagem motora.

Em termos (muito leigos), a aprendizagem motora consiste numa aprendizagem por repetição, como por exemplo, aprender a andar de bicicleta, em que o movimento acaba por ser automático.

Sabem aquela expressão que diz que nunca se desaprende a andar de bicicleta? Pois bem, eu também aprendi que a aprendizagem motora tende a ser permanente.

 

Sabem outra coisa que percebi? Que se disser as letras em voz alta, o meu número de erros diminui consideravelmente. Isso tem a ver com a memória, como depois vim a descobrir.

 

8 - Intuição

O autor recomenda que se utilize a intuição para construir de baixo para cima.

Por exemplo, no meu caso, a minha intuição diz-me que tenho que perceber algumas estratégias de ergonomia para perceber qual a melhor posição do pulso quando estiver a passar para este novo método.

E isso é algo que tenho de incorporar no início do projecto, para evitar cometer erros que levem a desconforto ou até a lesões.

 

9 - Experimentação

O autor sublinha que deveremos ler tudo como pontos de partida e arriscar experimentar novas estratégias. Tudo são princípios, não regras e somos nós os responsáveis pelo nosso projecto de aprendizagem.

 

Calendário (preliminar)

Nas semanas 1 e 2 irei dedicar um mínimo de 10 minutos por dia. Idealmente, 10 + 10 minutos, em diferentes partes do dia.

Pode parecer pouco, mas realmente é uma aprendizagem saturante . Prefiro começar devagar, que desistir com a frustração.

Nas semanas 3 e seguintes irei dedicar um mínimo de 20/30 minutos por dia. Idealmente, 20/30 + 20/30 minutos, em diferentes partes do dia.

 

Semana 1 - Aprender e praticar a linha base

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Semana 2 - Aprender e praticar o segundo grupo de letras

Semana 3 + 4 - Aprender e praticar o terceiro grupo de letras, que inclui caracteres especiais e um maior número de teclas.

Semana 5/6 - Praticar com texto e voltar a exercícios de aprendizagem para teclas em que senti maior dificuldade

Semana 7 - Praticar com texto e começar com jogos/exercícios de velocidade (não sacrificar a precisão)

Semana 8 - Praticar com texto e velocidade (não sacrificar a precisão).

 

Este calendário é meramente indicativo e não planeio avançar, sem que a aprendizagem de cada grupo esteja consolidada.

 

Planeio alternar entre os diferentes programas e jogos, para variar e praticar e praticar e praticar e praticar...

Ultra Aprendizagem

A minha estratégia para aprender dactilografia #1

23.10.19

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Scridb*

 

O que é a ultra aprendizagem?

Eu estou completamente fascinada com o conceito de ultralearning (ultra aprendizagem).

 

O que é a ultra aprendizagem? É uma estratégia de aprendizagem auto direcionada e intensificada

 

O exemplo mais dramático é do próprio autor do livro, que ficou famoso por fazer um curso do prestigiado (e prestigiante) M.I.T., de 4 anos em apenas 1 ano.

Para isso, ele não se limitou a dedicar todo o seu ano a estudar (durante um ano), mas desenvolveu uma estratégia bem delimitada sobre a forma mais eficiente para concluir cada unidade curricular e, dentro dessa, cada tema.

E ao contrário do ensino formal, que coloca o enfoque no estudo dos conteúdos, a estratégia dele foi concentrar a sua aprendizagem nos testes que determinariam o seu aproveitamento.

Mais, intensificou o seu foco em cada item desse projecto e, para cada um, procurou o método mais eficiente de aprendizagem.

 

A importância dada à estratégia é tal, que um dos itens da estratégia passaria, por exemplo,  por compreender como o nosso cérebro funciona, como aprende e quais são as melhores estratégias de estudo para cada tipo de assunto.

 

Mais, o potencial meta-aprendizagem é enorme. É como aprender uma fórmula para chegar a qualquer conhecimento que se deseje alcançar.  

 

E segundo os ultralearners com cada projecto, vão-se afinando estratégias e multiplicando exponencialmente as capacidades para implementar estratégias cada vez mais eficientes em novos projectos.

 

E foi assim que delimitei a minha estratégia para aprender dactilografia. (continua)

 

Recursos:
Ultralearning | Scott H Young

Scott Young - TED Talk

 

 

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Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza

17.10.19

Diz o Pordata que o limiar do risco de pobreza é o "limite abaixo do qual se considera um rendimento baixo em comparação com o rendimento de outros residentes no país, não implicando necessariamente uma situação de pobreza."

 

Porém, há um dado que aponta, inequivocamente para uma situação de pobreza: a taxa de privação material severa.

Existe privação material severa quando existe uma  "forte carência de pelo menos quatro dos nove itens de privação material na dimensão da «pressão económica e bens duradouros».

 

Os nove itens a considerar são:

1) atraso no pagamento de hipotecas ou pagamento de rendas, contas de serviços de utilidade pública, compras a prestações ou outros empréstimos;

2) capacidade para pagar uma semana anual de férias fora de casa;

3) capacidade para pagar uma refeição que inclua carne, frango, peixe (ou equivalente vegetariano) de dois em dois dias;

4) capacidade para enfrentar despesas financeiras inesperadas [quantia fixa correspondente ao limiar nacional mensal de risco de pobreza do ano prévio = €467 (2017)];

5) o agregado não pode pagar um telefone (incluindo telemóvel);

6) o agregado não pode pagar uma televisão a cores;

7) o agregado não pode pagar uma máquina de lavar;

8) o agregado não pode pagar um carro; e

9) capacidade do agregado para manter a casa adequadamente aquecida.

 

Os nove pontos (uns mais que outros) são uma interessante perspectiva para analisar as nossas finanças pessoais.

Por exemplo, o ponto 4 destacou-se por ser um excelente objectivo para um fundo de emergência.

 

Alguns números, de acordo com o Pordata, reportados ao ano de 2017:

Taxa de risco de pobreza após transferências (benefícios/subsídios) sociais: 17,3% da população. Essa percentagem sobe para 26,1% se se tratar de uma pessoa solteira, sem crianças. E se for um adulto com uma criança dependente, estamos a falar de 28,3% em risco de pobreza.

Finalmente, 31% dos agregados familiares com 2 adultos e pelo menos 3 crianças dependentes, estavam em risco de pobreza, em 2017.

 

Em 2018, 6% da população vivia com privação material severa. Mais de 600 mil pessoas.

Sou uma influenciadora?

15.10.19
Influenciadora
adjectivo feminino
Que ou quem influencia ou tem alguma espécie de influência sobre algo ou alguém.

"influenciadora", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://dicionario.priberam.org/influenciadora [consultado em 15-10-2019].
 
Sempre que leio/ouço a expressão "influenciadora digital", confesso que associo a alguém com um terço ou metade da minha idade a promover maquilhagem ou roupas no Instagram.
 
Porém, estive a ouvir um incrível podcast sobre como somos influenciados socialmente, inclusive na forma como gastamos dinheiro.
 
Olhamos para as referências que nos rodeiam, passando a ser o nosso registo, a nossa base de comparação para onde deveríamos estar na nossa vida, o que deveríamos ter, o que deveríamos fazer.
 
O problema é quando as nossas referências nos chegam de uma fonte enviesada, como são as redes sociais.
 
Como exemplo, falou-se de uma lotaria na Alemanha, em que vencem todas as pessoas que tenham comprado um bilhete, e que vivam em determinado código postal (é esse que é sorteado).
 
Imaginem viver numa rua premiada e serem uma das pessoas que não comprou um bilhete, a ouvirem os vizinhos a celebrar, a pensar no que perderam. Vão à padaria ou ao café e todos discutem animadamente onde vão gastar o seu dinheiro.
 
Ora, um estudo científico concluiu que, nessa zona premiada, o consumo de carros aumenta.
 
Claro que facilmente se compreende que os vencedores aproveitem para comprar um carro novo. Mas o extraordinário é, que o consumo de novos carros aumenta também entre os vizinhos dos vencedores, que não tinham comprado um bilhete e que, por isso, não foram premiados.
 
Se assim é, eu espero sinceramente ser uma influenciadora, quando escrevo sobre poupar os meus cêntimos, remendar os buracos nas minhas meias ou pintar a porta da minha casa de banho.
 
Mas nunca numa perspectiva negativa, de perfeição inatingível e paralisante, a que nunca chegarão.
 
Mas antes, como uma imperfeita, mas ascendente caminhada que podemos fazer juntos, com pequenos mas seguros passos para uma vida melhor.
 
Se não podemos evitar ser influenciados, que pelo menos saibamos ser críticos em relação às nossas influências.
 
Uma coisa é certa, se acham que sou influenciadora por ter um blog, ficam sabendo que as minhas maiores influências são os comentários que vou lendo por aqui, com dicas e estratégias diversas das minhas, que as acrescentam ou até melhoram.
 
 
Podcast:
 
Estudo:
 

Dia mundial de lavar as mãos - época das gripes

15.10.19

Texto originalmente publicado em 05.01.18, com alterações

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Como apanhamos gripe?

A forma de contágio da gripe sazonal é semelhante à Gripe A: se os nossos olhos, boca ou nariz ficam expostos a gotículas respiratórias de doentes infetados com gripe, podemos contrair a doença. Mas isso só acontece se estivermos a menos de um metro de um doente que expele as gotículas e, nesse caso, é preciso mais de uma hora de exposição para a infeção se tornar efetiva. Já o mesmo não acontece, se o doente espirra ou tosse diretamente para cima de nós. Uma forma indireta de contágio surge quando tocamos em superfícies ou objetos onde há gotículas infetadas e depois as levarmos à boca, ao nariz ou aos olhos. Não há transmissão através da água ou dos alimentos.

 


 

Evitar os serviços de urgência (estão cheios de doenças)

 

A arma nº 1 é água + sabão: lavar as mãos com frequência, quando estamos fora de casa e podemos tocar em objectos (por exemplo puxadores de porta) infectados.  E claro, evitar pessoas infectadas.

 

Depois temos a linha www.saude24.pt, para aconselhamento telefónico, que encaminhará para o serviço de saúde mais adequado.

 

Vacinas

 

Se ainda não tomaram a vacina da gripe, recomendo.

Desde que comecei a tomá-la, por causa da minha mãe, estou uma convertida. Acabaram as gripes "de caixão à cova".

Não poderia ser mais fácil: mando um email para o posto médico a pedir a emissão da receita e peço para enviar para o telemóvel. Depois só preciso de ir à farmácia, que tem enfermeira e que a aplica gratuitamente.

Não esquecer que a emissão da receita pode ter custos (consulta não presencial). Em regra, eu pago essas emissões quando vou lá para uma consulta.

 
Recordo que a vacina é gratuita para maiores de 65 anos.

 

 

Medicamentos em casa

 

O que aprendi é que cada gripe/constipação é diferente. Uma ataca mais o nariz, outra a garganta. O importante é utilizar o medicamento com o princípio activo mais indicado para esse problema, em vez dos anti-gripais cuja composição pode ficar aquem das necessidades e que podem ter ingredientes "estimulantes" (por exemplo cafeína) que apenas mascaram os sintomas. 

 

Assim, o que fiz foi questionar o meu médico quando aos medicamentos que deveria ter em casa para um SOS constipação/gripe: paracetamol, anti-histamínico de 2ª geração (não provoca sonolência) e spray nasal (água de mar).

 

 

Há um texto muito divertido sobre a gripe e o sabão azul e branco.

Já tem 10 anos, mas ainda não perdeu a graça e a actualidade.

Insatisfação

09.10.19

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Porque voava o seu espírito inquieto para esse vazio, como se fosse a única razão que tornava a sua vida completamete feliz? Julgo que sucede o mesmo a todos os homens e mulheres, que chegam à meia idade sem a percepção clara de que a vida nunca pode ser inteiramente feliz. Na vaga tristeza das horas cinzentas, o insatisfeito procura uma causa precisa, e encontra-a na privação de um bem que nunca lhe foi dado a gozar (...)

in Silas Marner, George Eliot (pseudónimo de Mary Ann Evans)

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