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Diário das minhas finanças pessoais

Um diário sobre finanças pessoais, produtividade e a busca pela positividade

Diário das minhas finanças pessoais

Um diário sobre finanças pessoais, produtividade e a busca pela positividade

Hoje estou assim...

24.01.20

1.

Como esperava, em Janeiro, as lojas solidárias estão atoladas de bens doados. Assisti a um processo de selecção e vi muitas coisas inúteis e estragadas.

É um bom mês para encontrar pechinchas.

 

2.

Por falar em lixo, recomendo a entrevista da Ana Milhazes, fundadora da plataforma Lixo Zero. Gostei muito.

 

 

Secção das parvoeiras:

Cada vez que clicarem numa notícia Megan&Harry, em vez de notícias sobre a economia portuguesa, um cachorrinho chora de tristeza.

 

Alternativa 1:

Já consultaram as novas tabelas de retenção de IRS [Público]?

As tabelas podem ser consultadas aqui [Diário da República].

 

Alternativa 2:

Indignações miudinhas Um texto irreverente sobre a nossa incapacidade de abordar os problemas reais, que acaba por ser a razão pela qual somos (perdoem a expressão) comidos.

 

Na próxima semana, prometo que volto com mais juízo.

Curtinhas

17.01.20

1.

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Para passar o tempo e esvaziar a mente, imprimi uma pequena publicação grátis para pintar formas geométricas.

Dobrada, até cabe no porta-moedas e é tão pequena e simples que só uso esferográfica.

 

2.

Adorei este post. Infelizmente, há empresas que só cumprem as regras depois de se escrever no livro de reclamações. Algumas, basta pedi-lo na loja e a situação resolve-se miraculosamente.

 

3.

Ando numa fase de fazer puzzles.

Sabiam que este tipo de actividades reduzem, de forma expressiva, doenças degenerativas como Parkinson ou demência?

Para quem vive sozinha, prolongar as capacidades cognitivas, deve ser um preocupação. Ou pelo menos, é uma preocupação minha.

Felizmente, as lojas solidárias estão cheias de puzzles a €0.50 e a €1.00.

Melhores finanças pessoais em 2020: Aumentar a poupança em 1%

15.01.20

Todos os anos tendo seguir a regra de aumentar as minhas poupanças em pelo menos 1% do meu salário.

 

Em 2019 o foco foi poupar para o fundo de emergência e este ano será aumentar essa poupança, de €20 para €40 por mês.

 

Se tudo correr bem, irei recuperar ainda em 2020 o primeiro nível do meu fundo de emergência e ficarei bem lançada para o segundo nível, que é o meu valor ideal.

Automatizar: remover obstáculos à poupança

12.01.20

Para quem deseja implementar um hábito de poupança, seja em que formato seja, a melhor estratégia para o sucesso que posso partilhar é automatizar.

 

Para este e para outros hábitos, é mais fácil implementá-los através do não fazer, que de uma acção.

 

Por fazer, muitas vezes implica ter de agir, de manter a motivação, de se lembrar, de evitar tentações... em suma, muita disciplina.

 

Já o não fazer, é bastante simples.

 

Ao automatizar as poupanças no início do mês, seja através de reforços automáticos numa conta a prazo ou através de retirar o dinheiro da conta para envelopes dedicados, eu não tenho de fazer mais nada.

 

Não tenho que me preocupar em poupar para X ou Y daquele mês ou para esta e aquela despesa. O planeamento foi feito no início do ano e o resto é automático.

 

Assim, os meus esforços limitam-se em gastar bem (menos) o que resta.

 

E isto funciona com vários sistemas.

Há quem automatize com os desafios das 52 semanas (nas diversas versões), guardando moedas de €2 ou tantas outras estratégias.

Todas essas, das transferências automáticas ao mealheiro, têm uma coisa em comum: pretendem remover a necessidade de uma decisão activa de poupar. A decisão está tomada, só têm de a executar.

 

Pessoalmente, eu prefiro sistemas completamente automáticos.

Eu não faria um desafio das 52 semanas que implicasse estar a colocar o dinheiro de lado, ainda por cima em valores variáveis.

Eu dividiria o valor final por 12 meses e criava uma transferência automática que retirasse esse valor no início do mês, do meu salário, para uma conta a prazo.

 

Claro que, para quem deseje começar um processo de reflexão semanal sobre os seus gastos e poupanças, introduzir esse momento, pode ser muito vantajoso.

 

Mas eu sou preguiçosa e prefiro não ter muito que fazer. :)

Boas poupanças!

Utilizar serviços público digitais: IMT e USF

10.01.20

As minhas últimas experiências como serviços públicos digitais têm sido um misto de aspectos positivos e negativos, com um saldo positivo.

 

IMT - Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres

Precisei de pedir um dístico de pessoa deficiente, o que é possível fazer através da página do IMT, com o cartão de cidadão.

Todavia, tinha uma dúvida sobre a junção de documentos.

Coloquei a questão ao email indicado para o efeito e passados 15 dias recebo uma não resposta. Sabem aquelas respostas institucionais que na realidade não respondem àquilo que perguntamos? Pois bem, foi isso que recebi.

Irritada, decidi fazer uma submissão com uma dúzia de documentos, todos os que me ocorreu juntar. Pedi relatórios a médicos e sempre frustrada por não saber se eram necessários.

Tento submeter uma, duas, três e o site não está a funcionar.

Envio um email para o suporte, esperando não receber qualquer resposta. Mas não. Recebi resposta confirmando o problema, e recebi um email a informar-me que estava resolvido e que podia submeter o pedido.

Em menos de 1 semana, recebi o dístico em casa.

 

USF - Unidade de Saúde Familiar

Há vários anos que comunico com a minha USF através de email. É dessa forma que vou pedindo receitas de medicamentos para a minha mãe e para mim.

Passei anos a ir ao posto médico para pedir receitas, voltar para as levantar e retornar quando o médico não as tinha passado na data indicada.

Ainda esta manhã, pedi uma receita para mim. Ainda não tinha chegado ao trabalho e já a estava a receber no telemóvel.

 

E da Segurança Social não falo, porque os níveis de irritação ainda são muito elevados.

Orçamento para 2020 (face ao balanço de 2019)

03.01.20

Em 2019, não fiz um registo de despesas entre os meses de Abril e Agosto.  Ainda assim, é perfeitamente possível verificar os gastos médios para ponderar o orçamento de 2020.

 

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O meu orçamento continuará com os seguintes componentes:

- Envelopes físicos: no início do mês levanto dinheiro e guardo em envelopes o valor correspondente a cada tipo de despesa. Não ando com o dinheiro no dia-a-dia. Se gastar, chego a casa e retiro o valor do envelope.

- Contas Poupança: Despesas menos frequentes ou anuais, para as quais vou retirando uma verba mensal.

- Reforma 2: Pagamento extra de contribuições para a reforma.

- Despesas sem orçamento fixo: Despesas que mantenho num orçamento médio, mas para as quais não coloco restrições.

-Remanescente: O que sobra do salário, depois das despesas orçamentadas. É uma margem de conforto para o meu orçamento. Idealmente, seria o que pouparia no final do mês e encaminharia para o meu fundo de emergência.

 

Decidi simplificar um pouco os envelopes, em relação ao ano anterior e ajustar alguns valores, em função do que contabilizei.

 

Algumas notas:

 

Electricidade/gás

Os gastos médios de 2019 foram de €67/mês. Por isso, decidi aumentar o orçamento desta rubrica para €70/mês.

 

Restauração

Gastei, em média, €37/mês em restauração. O meu orçamento era e será €30/mês.

Porém, como é uma rubrica problemática, para mim, passará a ter um porta-moedas dedicado, para ver o dinheiro físico e esgotar-se.

 

Restauração Extra (sem limite)

Este valor respeita a saídas com a minha mãe. Não tem limite. Em 2019, gastei em média €22/mês.

 

Vestuário + Cabeleireira

Gastei uma média de €6/mês. Irei manter os €5.00/mês como orçamento, pois a diferença não me parece relevante. A reavaliar no final do ano.

 

Maluquices

Esta rubrica foi um verdadeiro problema. O meu calcanhar de Aquiles foram as compras de livros. Compras fúteis porque o que não me falta em casa, são livros não lidos.

O orçamento será de €10 e para cumprir.

 

Presentes

Esta rubrica incluiu algumas ajudas técnicas (necessárias) que comprei para a minha mãe. Mas também cometi alguns excessos, com os presentes de Natal das miúdas. 

Porém, já tenho comprados dois presentes de aniversário e em 2019 já eliminei algumas trocas de presentes.

Assim, depois de alguma reflexão, decidi manter os €15/mês e manter o compromisso de me empenhar em fazer presentes caseiros.

 

Quotas

Sou associada de duas instituições e ainda não tenho conhecimento de subida de valor de quotas para 2020. Por isso, mantém-se o valor de €5/mês.

 

Telemóvel

Pago €12.15 por 200Mb de internet + chamadas e sms grátis (NOS).

Parece-me que poderia passar para o tarifário de outra operadora, praticamente pelo mesmo preço e obter mais valor em dados. Pelo menos este, é para menores de 25 anos... not!

Em Janeiro, será algo a rever, até porque ando há bastante tempo a adiar.

Por isso, para já, o orçamento mensal ficará em €13.

 

Gasolina + estacionamento (€90)

A minha média de gastos foi de €80/mês, mas com ajuda dos vouchers da CEPSA no SixtContinente que, em princípio acabaram.

Vou alocar (virtualmente), no meu orçamento, a verba de €90/mês e reavaliar após o primeiro trimestre.

 

Automóvel 2 (€50/mês)

Vou continuar a poupar mensalmente para as despesas anuais (seguro, imposto automóvel, inspecção) e as inevitáveis despesas com reparação e manutenção.

 

Supermercado (€80/mês)

Este ano andei muito descuidada a aproveitar promoções para fazer stock. Isso não acontecerá este ano.

Gastei, em média, mais €16/mês do que os €80 mensais que planeei e desejo manter como limite, pois considero-o perfeitamente adequado a uma pessoa com o meu estilo de vida.

 

Miúdas (€5/mês)

Infelizmente, porque estou pouco tempo com elas, este valor (em média, menos de €5/mês) acaba por não ser muito relevante.

 

Saúde (€60/mês)

Em vez de poupar €50/mês para a conta poupança e ficar com €12/mês em casa para despesas com medicamentos e taxas moderadoras, optei por passar a retirar €60/mês para a conta poupança e ajustar pontualmente.

 

Casa/Computador

Não sinto necessidade de controlar esta despesa porque, honestamente, são apenas despesas de manutenção e reparação e quando são necessárias, não há como evitar. Despesas elevadas terão de sair do fundo de emergência.

Eu raramente necessito de comprar louça ou outra coisa pequena, não compro decoração ou afins. Por isso, é mesmo para uma cola, uma lata de tinta e coisas assim.

 

Espero que o meu orçamento tenha ficado claro e vos inspire a controlar os "pontos negros" do vosso orçamento familiar.

 

Bom ano!

O que não mudares, é uma escolha

03.01.20

Esta frase li-a ou ouvi-a algures*. Não a consegui esquecer, entre uma censura e uma chamada à acção.

 

Que fique claro que só considero esta frase aplicável a quem realmente tem poder de escolha. Há quem não tenha outra escolha, senão sobreviver no dia-a-dia, seja em razão de pobreza ou de doença.

 

Mas muito provavelmente, quer lê este texto tem (como eu) margem nas suas vidas para fazer escolhas, nomeadamente quanto às suas finanças pessoais.

 

Gastar €30/mês em restauração, em vez de o poupar para um fundo de emergência, é uma escolha. Gastar uma média de €30/mês em "maluquices", em vez de apenas €10/mês, é uma escolha. Pode não ser uma escolha boa ou consciente, mas é uma escolha.

 

Quando faço o balanço de 2019, é inevitável pensar nas boas e más escolhas que fiz durante o ano. O saldo, acaba por reflecti-las. 

 

Por isso, coloco-me a questão: que escolhas vou fazer em 2020?

Como isso se reflecte no meu orçamento mensal?

 

* (Encontrei uma frase semelhante, atribuída a Laurie Buchanan: "whatever you are not changing, you are choosing")