Ultimamente, sinto que ando a adiar o inevitável: o dia em que vou ter de deitar fogo à casa para me ver livre do bicho da madeira. Está por todo o lado, nas ombreiras das portas, no chão novo e velho e em mobília.
Brincadeiras à parte, o sentimento é de tristeza.
É desencorajador e faz-me pensar que estou simplesmente a gastar dinheiro de forma inglória. Ando constantemente a tentar resolver o problema, mas sinto que simplesmente o adio.
Procurando afastar-me da mentalidade fatalista (não faço nada porque não há solução), procuro não ceder e agir de forma mais positiva e pró-activa:
1. GRATIDÃO
A minha casa é maravilhosa, está situada numa zona em que gostaria de viver o resto da minha vida e é tão perto da minha mãe que me permite cuidar dela no dia-a-dia. Não pago renda.
2. FOCAR-ME NO QUE TENHO
Apesar da casa não me pertencer, sou eu que nela vivo livre de renda. O mínimo que devo à minha família é mantê-la nas melhores condições possíveis, mesmo que isso signifique um chão ou um telhado novo.
Porém, há obras que não faço, por serem menos de manutenção e mais de conforto pessoal.
3. FOCAR-ME NA RESOLUÇÃO DO PROBLEMA
Neste momento não posso justificar pagar serviços, quando são tarefas que sei executar e não tenho um fundo de emergência suficientemente robusto para a minha paz financeira.
Porém, tenho habilidade para pequenas reparações como: lixar e repintar madeiras. Mais, eu tenho uma lixadora eléctrica que facilitará em muito o trabalho.
Assim, o meu FOCO nos próximos dias (bye, bye férias) será:
a) lixar, emassar e repintar as portadas das minhas janelas e ombreiras das portas;
b) lixar e repintar a minha cama.
Paralelamente, vou repensar alguns objectos e até mobiliário, numa lógica de destralhar.
Vai resolver o meu problema a longo prazo? Certamente que não.
Porém, ira resolver a médio prazo e, nestes momentos de incerteza, isso é suficiente para mim.
Até porque, quem sabe onde estarei a viver, daqui a alguns anos?