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Diário das minhas finanças pessoais

Um diário sobre finanças pessoais, produtividade e a busca pela positividade

Diário das minhas finanças pessoais

Um diário sobre finanças pessoais, produtividade e a busca pela positividade

Pai Rico / Pai Pobre - Robert T. Kiyosaki

28.09.20

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No início deste ano, li o Pai Rico / Pai Pobre de Robert T. Kiyosaki, considerado como uma das "bíblias" das finanças pessoais.

 

Ao contrário do que parece ser a generalidade das opiniões, eu não gostei do livro, nem o achei particularmente útil.

Aliás, isso parece explicar porque nem me lembrei de partilhar as minhas notas de leitura, que encontrei ao prepara-me para uma nova agenda.

 

Pai Rico / Pai Pobre faz parte daqueles livros de finanças pessoais cuja fórmula é "a culpa é tua" e que não apontam estratégias práticas, limitando-se a serem predadores de insatisfação e desespero, que são tão perniciosos como inúteis.

 

Não ensinam nada, não ajudam, limitam-se a dizer "eu sou o máximo e tu só és pobre porque queres". A forma como se refere ao trabalho dependente, é particularmente desrespeitosa e irritante.

Mais, o livro é incrivelmente repetitivo.

 

Mas nem tudo é mau. Destaco os seguintes pontos positivos:

- enfoque na importância da literacia financeira, desde tenra idade e nas escolas;

- que a habitação não deve ser sempre considerada um investimento, mas um passivo já que se passa a vida a pagá-la;

- explica bem o conceito de independência financeira (mas sem dar pistas sobre como chegar lá);

- enfoque no facto que a compra de artigos de luxo não é um ativo e, por conseguinte, não aumenta a riqueza; pelo contrário, irá diminuí-la.

 

Uma curiosidade:

O autor refere que o negócio da McDonald´s não são os hamburgueres, mas os imóveis. "Actualmente, a  McDonald´s é proprietária de alguns dos cruzamentos e esquinas mais valiosos, não só dos EUA, como noutras partes do mundo."

 

 

 

Sabem quanto ganham por hora?

25.09.20

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Como este ano recebi um aumento, lembrei-me de revisitar as contas do meu salário, por valor-hora, que neste momento é 7,70 €/hora.

 

Não é mau, porque com ele vêem outros privilégios: liberdade de horário para entrar e sair, flexibilidade para criar os meus horários, possibilidade de trabalhar a partir de casa (por vezes durante meses) para acudir a situações agudas de doença da minha mãe e, acima de tudo, compreensão e empatia para com essas necessidades.

 

Porém, depois de uma licenciatura de 5 anos, reforçada com uma pós-graduação, não deixa de ser algo surpreendente que eu ganhe apenas mais 2,70 €/hora mais que uma empregada de limpeza.

 

Mas, mais um vez, contraponho com uma posição de privilégio: quantas empregadas de limpeza não ficaram sem o seu ganha-pão, com a pandemia? E eu, em casa, a ganhar o mesmo, protegida por uma situação de emprego estável.

 

E mais importante que tudo isso é a questão: trocaria de emprego para ganhar o dobro, sacrificando a liberdade que tenho agora?

 

A minha resposta é não. Neste momento, com a minha mãe doente, a resposta é claro que não. Por isso, estou feliz e em paz e grata no meu emprego.

 

 

[Não quero com isto dizer que não desejasse ganhar mais, especialmente o Euromilhões.

Esta semana joguei. São 130 milhões e eu calquei em m****, o que não acontecia há anos...deve ser um sinal. ]

 

Photo by Christin Hume on Unsplash

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