Pai Rico / Pai Pobre - Robert T. Kiyosaki
No início deste ano, li o Pai Rico / Pai Pobre de Robert T. Kiyosaki, considerado como uma das "bíblias" das finanças pessoais.
Ao contrário do que parece ser a generalidade das opiniões, eu não gostei do livro, nem o achei particularmente útil.
Aliás, isso parece explicar porque nem me lembrei de partilhar as minhas notas de leitura, que encontrei ao prepara-me para uma nova agenda.
Pai Rico / Pai Pobre faz parte daqueles livros de finanças pessoais cuja fórmula é "a culpa é tua" e que não apontam estratégias práticas, limitando-se a serem predadores de insatisfação e desespero, que são tão perniciosos como inúteis.
Não ensinam nada, não ajudam, limitam-se a dizer "eu sou o máximo e tu só és pobre porque queres". A forma como se refere ao trabalho dependente, é particularmente desrespeitosa e irritante.
Mais, o livro é incrivelmente repetitivo.
Mas nem tudo é mau. Destaco os seguintes pontos positivos:
- enfoque na importância da literacia financeira, desde tenra idade e nas escolas;
- que a habitação não deve ser sempre considerada um investimento, mas um passivo já que se passa a vida a pagá-la;
- explica bem o conceito de independência financeira (mas sem dar pistas sobre como chegar lá);
- enfoque no facto que a compra de artigos de luxo não é um ativo e, por conseguinte, não aumenta a riqueza; pelo contrário, irá diminuí-la.
Uma curiosidade:
O autor refere que o negócio da McDonald´s não são os hamburgueres, mas os imóveis. "Actualmente, a McDonald´s é proprietária de alguns dos cruzamentos e esquinas mais valiosos, não só dos EUA, como noutras partes do mundo."