Esta semana apercebi-me que havia cometido um erro no trabalho.

Uma coisa ridícula - na verdade, uma letra. Uma única letra com o potencial de se tornar uma catástrofe.

Passei uma manhã numa ansiedade horrível. 

Mais uma vez, tive a sorte de me cruzar com alguém que, perante uma situação potencialmente problemática, optou por não ser o problema, mas a solução.

No final da manhã, a resposta: não faz mal, basta corrigir. Foi mais formal, mas compreendem.

No último ano, em especial, tenho tentado ser essa pessoa. E isso, independentemente da tarefa ser minha responsabilidade, ou não.

Fico chocada com as poucas candidaturas que vejo aparecerem em algumas vagas para bolsas de investigação e até para contratação de doutorados.

Um concurso com apenas 3 candidatos para 2 vagas?

Quando estava a estudar, eu nunca soube da existência de bolsas de investigação. Tivesse esse conhecimento, provavelmente teria começado a minha carreira profissional de um ponto muito mais elevado e não teria varrido tanto chão, para pagar os estudos.

Poderia, por exemplo, ter sido paga para fazer a minha tese de mestrado ou doutoramento.

As bolsas de investigação são subsídios financiados pela FCT - Fundação para a Ciência e Tecnologia, que podem ser pagos directamente pela FCT ou através de instituições de investigação e desenvolvimento.

Os concursos directos a bolsas da FCT são muito concorridos, mas as candidaturas a bolsas de outras instituições e até contratos de doutorados, pelo que tenho conhecimento, têm poucos candidatos.

Imaginem que são licenciados/as e estão a preparar-se para continuar os estudos e obter o vosso grau de mestre. Não seria melhor trabalhar e estudar numa universidade ou um centro de investigação, em que o vosso trabalho é, precisamente, a vossa tese de mestrado?

Para mim, é bastante melhor que um part-time numa loja num centro comercial.

Os anúncios de emprego científico (contratos e/ou bolsas) são publicados no portal https://euraxess.ec.europa.eu (podem escolher apenas oportunidades para Portugal).

Porque considero o emprego científico uma grande oportunidade para trabalhadores estudantes:

Bolsa

A bolsa de investigação não é tributada em sede de IRS, ou seja, não pagam impostos.

Como não é um contrato de trabalho, continuam com a possibilidade de recorrer a outras oportunidades que se apliquem a primeiro emprego (por exemplo: estágios profissionais).

Podem consultar os valores das bolsas aqui.

Seguro social voluntário

As contribuições para a segurança social são voluntárias mas não o fazer, é puro desperdício porque não vos vai custar nada.

São os/as bolseiros/as que pagam a SS, mas são reembolsadas/os da despesa, pela instituição.

Ou seja, custo zero.

Mentoria

Estar numa instituição de investigação (universidade, centro de investigação , laboratório, ...) é ter uma série de ferramentas de desenvolvimento que não tem preço. 

Uma mentoria bem sucedida, permite partilhas de experiências, acesso a oportunidades e um aprendizado prático que não conseguimos na universidade (ou pelo menos, eu não consegui na universidade).

Eu acredito que a "bazuca" irá fazer aumentar a concessão de bolsas. 

Porque o mês de Agosto é particulamente bom para responder a anúncios (com uma boa parte da concorrência estendida na areia), aproveitem para abraçar uma nova oportunidade.

4 de Novembro de 2018

Um dia produtivo em que passei a ferro, arrumei o que passei a ferro e ainda fiz um de DIY, há muito adiado, nas alças da carteira da minha mãe.

Escondi no fundo do armário os guardanapos de papel e o ritmo lento de compra de papel higiénico comprova a poupança que é abandonar os descartáveis.

 

Ironicamente, os meus diários são descartáveis.

Uso cadernos usados, folhas de rascunho e, de tempos a tempos, vai tudo para a reciclagem.