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Diário das minhas finanças pessoais

Um diário sobre finanças pessoais, produtividade e a busca pela positividade

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Um diário sobre finanças pessoais, produtividade e a busca pela positividade

Motivação - Faz como os estóicos

25.03.23

A propósito de uma série de publicações que li, sobre motivação para limpar a casa, fiquei a pensar sobre o que é, na verdade, a motivação

 

O que é a motivação

Frequentemente, quando falamos de motivação associada à formação de hábitos, estamos a associar a estímulo, a uma força motriz interna por detrás do nosso comportamento, que nos obriga a agir em direcção a um objectivo. 

 

Mas a motivação, na verdade, pode ser interna ou externa (embora os estóicos defendam que a verdadeira motivação é interna). 

A motivação interna ou intrínseca vem de dentro de nós e poderá ser impulsionada pelo prazer ou satisfação pessoal.

Muitas vezes, é associado a atividades que são feitas por si mesmas, como passatempos ou atividades criativas. Mas também poderá ser motivada pelo amor que temos às pessoas que nos rodeiam: limpar o bébé pela 10256 vez porque o amamos ou fazer algo (sem qualquer prazer) porque se alinha com os nossos valores.

A motivação externa ou extrínseca, vem de recompensas ou consequências externas, como dinheiro ou reconhecimento. Muitas vezes, é associado a atividades realizadas para alcançar um resultado específico, como trabalho ou metas académicas.

 

Há quem seja capaz de viver sempre com forte motivação interna em relação aos seus objectivos, guiada/o por um forte sentido de propósito. Porém, atrevo-me a dizer que a generalidade de nós vive com dificuldade em manter a motivação, face aos obstáculos que as nossas vidas mundanas nos vão colocando. 

 Eu sou uma dessas pessoas, por isso, procuro implementar sistemas / hábitos e cultivar estratégias para atingir progresso. 

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Entra o Estoicismo (filosofia enfatiza o autocontrole, a resiliência e o foco no que está dentro do nosso controle) e práticas e princípios dos estóicos para manter a motivação enquanto limpamos a casa:

 

Focar naquilo que está sob o nosso controlo

Se não é possível resolver num dia o que demorou semanas a desarrumar ou acumular ou sujar, concentramo-nos no que é preciso fazer naquele momento. 

 

Objectivos realistas

Em vez de estabelecer como objectivo a limpeza de toda a casa, criar objectivos menores, como limpar uma divisão (ou só uma gaveta) ou até uma tarefa muito específica, como tirar a louça da máquina ou deixar a banca limpa todas as noites

Para mim, tem passado por utilizar a estratégia "âncora", para voltar a uma divisão/tarefa, assim que tenho de abandonar uma tarefa, para ir fazer outra coisa qualquer.

 

Disciplina

Há quem goste de limpar a casa, mas atrevo-me a dizer que estão em minoria. A generalidade das pessoas precisa de disciplina para fazer algo que é desagradável. 
E quanto há falta de motivação e disciplina, o melhor é começar por pequenas tarefas e rotinas: em vez de "limpar a casa de banho", arrumar as coisas que estão em cima do lavatório e passar um pano na superfície. 

 

Aceitar contratempos, procurar soluções

Decidem limpar uma prateleira e cai a garrafa de azeite. Imediatamente pensam: para quê? Ou: porque só me acontece a mim? Dependendo do grau de dramatismo em que se encontram no momento.

Quando acontecem os contratempos, o melhor é respirar fundo e focar na solução desse problema.

 

Apreciar o progresso

Quando atingimos um objectivo (pequeno ou grande), devemos parar (literamente parar) para apreciar o progresso. 

Alterar o foco do negativo (desarrumação) para o positivo (arrumação), poderá motivar-nos para a próxima tarefa e reforçar os aspectos positivos de viver numa casa organizada.

 

E para as/os mais distraídas/os na fila de trás, isto não é apenas sobre arrumação da casa.

 

Acima de tudo, é importante não ficar presa/o em autocrítica e pensamentos negativos. A vida já é suficientemente dura. E definitivamente, não o permitir de terceiros.

Façam pausas. Peçam ajuda. Celebrem pequenas e grandes vitórias. Cuidem-se.

 

 

Sugestões de Leitura:

Hábitos Atómico - James Clear

Meditações -  Marcus Aurelius (*)

FlyLady

 

Navy SImple Things to do to Train the Stoicism Thinking Pattern Infographic (1).jpg

Dia Internacional da Mulher

08.03.23

Ao longo de toda a vida, as disparidades entre os homens e as mulheres prejudicam de forma sistemática a independência económica da mulher e levam a que, numa fase mais tardia da vida, caiam muito mais facilmente na pobreza do que os homens.

As mulheres enfrentam os mais diversos desafios no mercado de trabalho, nomeadamente, entre outros:

- a sua taxa de emprego média é normalmente inferior à dos homens;
- uma elevada probabilidade de trabalharem a tempo parcial (32% das mulheres e 8% dos homens);
- estão sobrerrepresentadas em setores que, regra geral, proporcionam uma remuneração inferior e nos quais a progressão salarial é lenta ou as oportunidades em matéria de carreira profissional são limitadas;
- um risco mais elevado de emprego precário.

Além disso, as mulheres abandonam o mercado de trabalho com uma idade inferior aos homens, em especial nos anos que antecedem a idade da reforma (a taxa de inatividade na faixa etária 55-64 anos é de 52% entre as mulheres e de 36% entre os homens).


Atividades como cuidar dos filhos ou de outras pessoas, bem como outras responsabilidades familiares, que são frequentemente subvalorizadas e distribuídas de forma desigual e relativamente às quais é frequente não ser atribuída qualquer compensação, afetam de forma significativa a posição das mulheres no mercado de trabalho. Isso acontece ao longo de toda a sua vida profissional e mesmo quando são mais velhas. Quase 10% das mulheres com idade igual ou superior a 50 anos referem que estão fora do mercado de trabalho e não procuram emprego por causa de responsabilidades a nível familiar ou por terem de cuidar de outras pessoas.

Na UE-28, ao longo da sua vida profissional, as mulheres trabalham, em média, menos 5,1 anos que os homens.Essa diferença deve-se ao facto de interromperem temporariamente as suas carreiras profissionais e também ao facto de abandonarem mais cedo o mercado de trabalho. 
As referidas condições de trabalho e de carreira profissional resultam numa redução da independência económica das mulheres ao longo de toda a sua vida, em especial quando são mais velhas e levam a que recebam pensões mais baixas.

Em 2014, em matéria de pensões, a disparidade média entre os homens e as mulheres na UE ascendia a 40%.

 

Fonte: Instituto Europeu para a Igualdade de Género (2017) Pobreza e género ao longo do ciclo de vida [PDF]

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