Não tenho dívidas
Não resisti. O meu prémio foi não ter de esperar. Fiz a liquidação da última prestação, a que seria paga no início de Julho. O mês de Maio foi duríssimo. Precisava de um mimo. Estar livre de dívidas, era o que mais desejava.
Comecei este percurso com uma dívida pessoal que me assustava. Sem um fundo de emergência, com dívidas (crédito pessoal mais 2 cartões de crédito), a trabalhar com recibos verdes, na eminência de necessitar de deixar de trabalhar. No fundo, a situação de muitos portugueses e portuguesas.
Não há fórmulas mágicas. Para pagar dívidas há duas estratégias: aumentar os rendimentos e/ou cortar nas despesas. Eu fiz o que pude de ambos.
No final de cada mês, o que ainda permanecia do salário, era realocado para o fundo de emergência ou para a liquidação parcial da dívida. Felizmente, tinha como cortar nas despesas. Sei que isso não é verdade para muitas famílias.
Mas existe um bónus. Eu descobri um grande prazer em fazer liquidações antecipadas. Acreditem que depois de começarem, mal podem esperar que o mês acabe para tentar que sobre uma quantia que possam utilizar. E esse sentimento é muito diferente de esperar que o mês acabe porque estão sem dinheiro. Eu sei, conheço ambos.
Ok, vou disparatar e dizer: É DIVERTIDO!!! É fantástico e entusiasmante chegar ao final do mês e liquidar um valor parcial da dívida, é passar as palhetas ao crédito, é mandar o banco às urtigas e fazer um manguito àquela vozinha irritante na nossa cabeça que prefere dizer "que vergonha" ou "nunca mais sais deste buraco".
Conclui a segunda fase no meu percurso de sanar as minhas finanças pessoais: paguei integralmente todas as dívidas que possuía. (Suspiro de alívio.) Agora é o momento de rever as contas - agora com mais €150.00/mês - e pensar nas despesas com a reparação da casa.