A poupança não é uma linha recta
Num artigo do Bored Panda, descobri que a Inglaterra é conhecida pelos seus muros ondulantes. Pesquisem por "crinkle crankle garden walls" e deliciem-se com imagens de caprichosos muros a serpentear pelos jardins.
Por estranho que pareça, a forma dos muros deve-se à sua eficiência de recursos: um muro ondulante gasta menos tijolo que um muro em linha recta. Em linha recta, com tijolos tão estreitos, tombaria.
Achei que estes muros eram uma excelente metáfora para a poupança:
1.
A poupança nem sempre é uma linha reta, que seguimos do princípio ao seu objectivo final. Com frequência, precisamos de andar devagar, por vezes aos círculos, com tentativas e erros e até recuando para retomar outra vez.
2.
Por vezes, a poupança é apenas aparente. Quando gastamos dinheiro em coisas baratas, muitas vezes isso leva-nos a gastar em coisas inúteis ou que se vão deteriorar rapidamente. Assim, a linha recta do comprar barato, torna-se mais caro.
3.
A poupança obriga-nos a utilizar da forma mais eficiente os recursos que temos.
Uma pessoa sem a intencionalidade de procurar poupar, simplesmente faria um muro maior e provavelmente muito mais dispendioso.
Atirar dinheiro a um problema, raramente conduz à poupança.