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Diário das minhas finanças pessoais

Um diário sobre finanças pessoais, produtividade e a busca pela positividade

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A rever o meu orçamento

13.03.16

Numa troca de impressões com uma leitora, a propósito das minhas contas, ela escreveu algo que eu li como preocupação pelo meu estilo de vida. No fundo, ela temia que eu me estivesse a privar de tal forma que isso condicionava o estilo de vida que poderia ter. Que a poupança, em si mesma, não deveria ser o objectivo, mas o meio para uma vida melhor. 

 

Penso nisso frequentemente. Nem ela imaginará o quanto as suas palavras me marcaram e o número de vezes que penso no seu comentário. Não é o único.

 

A partir daqui, isto fica um pouco assustador. Decidi despir o meu orçamento e reduzi-lo aos mínimos. Quanto necessitaria para o limiar da sobrevivência? Já experimentaram fazer essas contas?

 

Por exemplo, fazendo um exercício de dois anos, pensando num desemprego de longa duração, numa transição entre empregos, etc., eu consigo cortar bastante, se pensar num orçamento extremis:

- eu posso escolher não comprar vestuário durante 2 anos,

- eu posso escolher não cortar o cabelo durante 2 anos,

- eu posso escolher não comprar livros durante dois anos...

Poderia continuar. Pode parecer um pouco assustador, mas eu achei o exercício muito pacificador de alguns receios que tinha. 

 

Envelopes físicos Envelope virtual em conta bancária Pagamento pontual directamente do salário
Supermercado - €70/mês Saúde 2 - €30/mês  Telefone - €5/mês (valor sujeito a actualização)
Restauração - €40/mês Auto - € 50/mês  Gasolina - €50/mês (aproximadamente)
Maluquices - €10/mês Poupança reforma - €65/mês Obrigações fiscais/reforma - €203
Casa diversos - €10/mês Fundo emergência - €42/mês Estacionamento - sem verba orçada 
Vestuário - €5/mês    
Electricidade - €55/mês     
Quotas - €8/mês    
Material escolar/livros - €10/mês    
Saúde 1 - €12/mês            
Férias - €25/mês (6 meses)    
Miúdas - €15/mês    
Presentes - €15/mês    

 

Por um lado, se/quando tiver de vir para casa, consigo viver com muito menos, o que significa que preciso de ganhar muito menos.

Por outro, eu compreendi muito melhor o que necessitava, em oposição ao que desejava. Eu necessito de X para a electricidade vs. eu desejo X para ajudar em livros escolares. 

 

Em suma, são escolhas que eu faço, tendo em conta as minhas necessidades ou objectivos nesse momento. Reforço o "escolhas" e o quanto me considero grata por ter essa possibilidade de escolha. Há quem não a tenha.

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