Como me motivo quando vejo o saldo minguar
Quem acompanha o blog há algum tempo, sabe que eu utilizo como motivação para poupar, duas estratégias combinadas:
1º
Poupanças automáticas
No início do mês, retiro da conta à ordem, as verbas que quero poupar para despesas não mensais e supresas: €50/mês para carro (reparações + seguro + impostos, etc)
2º
O que sobra também é poupança
Todo o valor de salário mensal que não gastar, chegado o final do mês, é encaminhado para o fundo de emergência.
Ora, como devem imaginar, quando o chega o final do mês, a minha conta à ordem está quase sempre a zeros, porque a folga é pouca e não tenho conseguido poupar.
Isso é um pouco desmoralizador, se não complementar com lembretes do quanto tenho EFECTIVAMENTE poupado:
Não tenho seguro de saúde, mas há dois tipos de consultas que faço no privado: dentista e ginecologista. Para essas consultas e exames extra, totalmente no privado, poupo sempre €50/mês.
No início do mês, há uma transferência automática para reservar €50/mês para carro, que poderá servir para reparações, o seguro, imposto, inspecção...
Olhando para a verba, fico logo aliviada por ter já disponível o valor do seguro automóvel, apesar de este só ser pago em Novembro.
Se não houver surpresas, terei o suficiente para cobrir isso e novos pneus.
É a verba de que mais me orgulho. Há um ano usei o que tinha poupado nas obras da casa e desde então tenho poupado €100 por mês para a minha reforma, além do esforço que tenho feito para descontar para a SS + um segundo subsistema de previdência.
O meu fundo de emergência é o que mais se tem ressentido com a minha incapacidade de poupar, nos últimos meses.
É uma das principais razões que me tenho de me recordar de tudo que poupo acima, mesmo que a poupança não seja "real" e uma mera antecipação de despesas anuais.
E depois há o dinheiro que aguarda em envelopes, para despesas que certamente virão:
Viver num orçamento zero não é fácil, mas em qualquer dia da semana, eu prefiro ser das que se auto-impõe um orçamento zero, a realmente ter de viver com um.
Por isso, nada como um lembrete do quanto realmente sou uma privilegiada, entre tantas dificuldades que vejo por aí.