Finanças pessoais saudáveis - dentada a dentada
Há dias ouvia um podcast sobre o real efeito do exercício na perda de peso. Parece que a ciência está de acordo que não é pelo exercício que se faz, mas pelo que não se come.
Nas finanças pessoais é um pouco assim. Podemos ganhar muito dinheiro, mas a poupança surge quando não se gasta (pelo menos para os comuns mortais).
Eu sei que me dirão que aumentar os rendimentos é o ideal. É, mas para para a generalidade das pessoas é igualmente irrealista.
Se nas dietas temos de fechar a boca, nas finanças pessoais temos de fechar as carteiras. E como nas dietas, acções extremas podem levar a recaídas, por isso comecemos por uma dentadinha.
1.
Identificar uma despesa problemática
Seja pelo valor, pela inutilidade ou apenas a que causa maior irritação.
No meu caso, eu comecei pela marmita. Eu cheguei a gastar cerca de €200/mês em almoços no trabalho. Quando percebi que tinha de poupar, foi aí que concentrei os meus esforços.
Neste momento, a minha despesa problemática são os livros.
2.
Come-se um elefante, com uma dentada de cada vez
Se não sabem por onde começar, concentrem o vosso foco numa única despesa.
Poderá parecer pouco e ineficaz, mas a mentalidade que desenvolverão para atacar essa despesa, irá propagar-se para outras.
3.
Manter um registo de despesas
Seja numa aplicação, num computador ou num pedaço de papel, o registo diário das despesas (mesmo que apenas um tipo de despesas) é incrivelmente útil para nos obrigar a fazer uma pausa, assumir essa despesa e reflectir sobre ela.
Eu tenho um registo diário de todas as despesas (mas demorei quase um ano a habituar-me a registar tudo) e todas as semanas faço um cálculo do que gastei, por rubricas.
Não é bonito, mas é eficiente e confronta-me com os gastos excessivos.
Já descobriram qual é a vossa despesa a atacar?