Planear o futuro que se deseja
Mas ele tinha um hábito enervante de acertar com os seus palpites. Lessa corrigiu-se de novo. Ele não fazia palpites. Estudava. Planeava. Pensava e depois usava o bom senso. (...) Lessa começou a sentir-se melhor quanto ao futuro.
O Planeta dos Dragões 2, Anne McCaffrey
Eu tenho uma natureza fatalista, com isso quero significar que apesar de desejar estabilidade e estrutura, tendo a sentir-me num vórtice de caos e inevitabilidade, como se nada que eu fizesse alterasse o resultado final das coisas. Os planos são fúteis porque algo os vai deitar por terra.
É assim na minha vida financeira e profissional (e naturalmente as duas estão interligadas).
Teoricamente eu sei que a minha ideia de fatalismo não é real, mas há um trabalho interior diário para contrariá-la. Tenho consciência que é por isso que gosto de listas e cadernos de notas e blogs. São tentativas de dar ordem à desordem, de organizar a mente.
Eu sei, fruto da minha experiência pessoal, que se planear determinadas tarefas ou objectivos isso elimina o caos e a minha ansiedade.
Por isso, tenho de resistir à procrastinação, que é resultado da minha natureza fatalista e fazer aquilo que tenho de fazer, seja uma tarefa profissional ou uma que resulte em poupanças.
É assim, por exemplo, quando:
- planeio as refeições e os lanches a meio da manhã e da tarde, que levo para o trabalho;
- planeio as compras de presentes;
- compro vestuário usado, quando ele surge a bom preço, em vez de comprar apenas quando preciso;
- compro livros para as minhas sobrinhas, usados e à medida que vão aparecendo, mas com as metas curriculares em mente.
E poderia continuar...