Quando não ir é o melhor remédio
Eu encontro motivação e inspiração para continuar, ao ler blogs e a ouvir podcasts sobre finanças pessoais. E não é incomum ouvir mensagens contraditórias.
Por exemplo, sobre o papel do sentimento de culpa na motivação para a mudança de hábitos. Os gurus da psicologia positiva advertem-nos que devemos avançar, "não chorar sobre o leite derramado". Tenho tentado fazer isso, mas isso é depois, mas e antes?
O sentimento de culpa que nos acomete, quando vamos comprar aquilo que sabemos que não deveríamos, em vez de afastado deve ser alimentado.
Este enquadra-se no grupo de instintos que têm uma função e não são ilógicos ou irracionais, mas transformam-se em experiências e aprendizagens.
Por exemplo, alguém que tem uma alergia a um ingrediente, instintivamente recusará alguns alimentos. Isso não é irracional ou ilógico. Porque sabe que, se comer, pode ficar doente.
É o mesmo com as compras, se temos um grilinho a dizer para não ir a determinado local, a dizer para não comprar determinado objecto, porque depois haverá consequências, devemos alimentar esse sentimento, em vez de o afastar.
É por isso que na hora de almoço, vou passear para a biblioteca, em vez do centro comercial ou a rua comercial. Na biblioteca, é tudo grátis. Também tenho evitado, ao máximo, ir a uma loja comercial onde acabo sempre por comprar livros.
Se sabemos que, indo a determinado local, vamos gastar mais dinheiro, o melhor é começar a evitá-lo.