Queremos sempre o que não temos
É uma sensação recorrente: almejar ter o que não se tem, em regra porque outros têm e sentimo-nos excluídas/os.
Nesta semana, munida de uma mensalidade grátis do Netflix, comecei de imediato a adcionar a uma lista, o que queria ver e os conteúdos de que tinha ouvido falar ("tens de ver"). Surpreendentemente (para mim), encontrei muito pouco conteúdo, em que quisesse investir o meu tempo.
E mais uma vez, concluí que nunca compensaria pagar uma assinatura da Netflix. Uma mensalidade por ano? Muito provavelmente, mas mais que isso, seria um desperdício do meu dinheiro.
Nos últimos 3 meses, tive acesso a:
- 1 mensalidade gratuita do Scribd (uso para audiolivros),
- 1 mensalidade gratuita do Filmin.pt (cinema independente),
- 1 mensalidade gratuita do Netflix,
- e planeio aproveitar a oferta da HBO Portugal, em Abril.
Acresce que duas das ofertas não são meses iniciais, mas convites das marcas para voltar a aproveitar uma mensalidade grátis.
Em suma, se for aproveitando todas as ofertas, não há motivos para o sentimento de privação, no que respeita a entretenimento.
E ao escolher privar-me, a curto prazo, de alguns produtos, consigo reforçar o meu fundo de emergência, que é um objectivo de longo prazo.