Oscar
Este é o Oscar (Wilde), o mais recente buraco no meu orçamento.
É oficial: eu fico com o gato.
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Este é o Oscar (Wilde), o mais recente buraco no meu orçamento.
É oficial: eu fico com o gato.
Antes de mais, ficam as declarações:
assim que parei o carro, tive consciência que estava a assumir a responsabilidade por um animal doente e que isso teria um forte impacto nas minhas finanças pessoais
a minha acção foi intencional/racional
Tendo disto isto, gostaria de partilhar uma reflexão sobre algo que nem sempre é considerado, quando se adopta um animal de estimação: o que é uma adopção responsável.
Adoptar um animal não são só hormonas da felicidade, companheirismo e fotografias nas redes sociais.
Existem imensos textos sobre todos os aspectos positivos em adoptar um animal, mas nunca referem os aspectos negativos, que leva a que as pessoas não os considerem e a futuros abandonos.
Uma adopção responsável pressupõe ter em conta TUDO o que implica adoptar um animal, o bom com o mau.
Se são sozinhas/os, têm de considerar quem irá cuidar do animal na vossa ausência, nomeadamente se tiverem doentes ou quiserem ir de férias.
Se viverem com outras pessoas, a adopção tem de ser uma decisão unânime, caso contrário poderá ser um foco de tensão: porque só um limpa, porque ladra/mia, porque é um gasto, porque estragou algo...
Um animal de estimação é um custo: veterinária/o, comida, chip, ração, acessórios diversos.
Para ficarem com uma ideia, em Setembro (27 a 30) gastei 70€ só em veterinária e ração. Em Outubro, já gastei 90€ só em veterinária, ração e um saco de areia. Não comprei cama (fiz) ou caixa para a areia (encontrei uma na rua).
Também não comprei brinquedos. Em suma, apenas o essencial.
Porque estamos a falar de um animal que esteve muito doente, com um mês (as rações comerciais que vi, são para +4 meses) e abaixo do peso, está a custar-me 2.50€/dia para o alimentar. São 75€ no final do mês.
Espaço
Para adoptar um animal, é necessário considerar o espaço que vão ocupar: vivem num apartamento ou casa arrendada com vizinhos e um/a senhorio/a mais problemático/a?
Vai ladrar quando estiverem fora ou durante a noite e causar problemas com vizinhos?
E a higiene? Onde vão fazer as suas necessidades?
Há animais de estimação que estragam objectos.
Donos/as de gatos referem frequentemente os sofás e os cortinados; de cães, as pernas da mobília e calçado roídos.
Eu já percebi que o gatinho gosta de roer o fio do carregador do telemóvel e cantos de papéis, na minha secretária.
Especialmente os bebés, fazem asneiras. É como uma criança. Sabemos que é a natureza da criatura e temos de ser nós (criaturas adultas) a tomar as precauções para que os danos sejam mínimos.
Se consideraram todos estes pontos e ainda assim desejam adoptar um animal de estimação, PARABÉNS!
Considero-vos prontos/as para uma adopção responsável.
Agora, é só aproveitar os momentos de genuíno prazer que vêm com um animal de estimação e companhia.
Este é um gato sem nome, como tantos gatos sem nome, que habitam as nossas ruas.
Quando o vi pela primeira vez, há uma semana (a foto é de hoje), era um monte de pele na berma, inerte, com ambos os olhos cobertos por muco. Tinha 340 gramas, 1 mês.
Quase morreu por hipotermia na primeira noite. Passou uma semana no veterinário, só voltando a minha casa, para as noites.
Hoje está livre de perigo e eu estou 96 euros mais pobre, entre consultas, ração e resguardos.
Hoje, sei de que não posso ficar com ele, dado o risco de quedas da minha mãe. Estou a cuidar dele e o próximo passo é arranjar-lhe uma família que lhe dê um lar.
Até lá, sai-me do bolso. :)
O Decreto-Lei n.º 82/2019 de 27 de junho, estabeleceu as regras de identificação dos animais de companhia, tendo criado o Sistema de Informação de Animais de Companhia (SIAC).
A posse ou detenção de animal por qualquer pessoa, que não se encontre identificado constitui uma contraordenação punível com coima cujo montante mínimo é de 50 euros.
Passa assim a ser obrigatória a identificação dos cães, gatos e furões (identificação do animal, a sua titularidade ou detenção e ainda a informação sanitária obrigatória).
O SIAC integrará os registos dos animais de companhia inscritos no Sistema de Identificação e Recuperação Animal (SIRA) e os registos dos animais de companhia inscritos no Sistema de Identificação e Registo de Caninos e Felinos (SICAFE), criando-se assim única base de dados.
Para esse registo, é devida o valor de 2,50(euro) por animal, para o biénio 2019 e 2020. Essa taxa não inclui os serviços veterinários relacionados com a colocação do chip.
Quem tiver cães nascidos antes de 1 de julho de 2008 (não era obrigatório o registo) têm 12 meses para os registarem. Já os donos de gatos e furões terão 36 meses.
Os proprietários ou possuidores de animais que, apesar de terem sido marcados não tenham sido registados no SICAFE, nem tenham sido integrados no SIAC, devem, solicitar o seu registo por via de um médico veterinário acreditado no SIAC, por pessoa acreditada perante o SIAC, pela junta de freguesia ou pela câmara municipal da área de residência ou por via dos serviços da DGAV, no prazo de 12 meses.
Os Boletins Sanitários de Cães e Gatos, emitidos ao abrigo do Programa Nacional de Luta e Vigilância Epidemiológica da Raiva Animal e Outras Zoonoses, mantêm-se válidos e substituem, para todos os efeitos legais, o DIAC, caso contenham o registo do número de marcação do animal e os animais tenham sido corretamente registados no SIAC.