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Diário das minhas finanças pessoais

Um diário sobre finanças pessoais, produtividade e a busca pela positividade

Diário das minhas finanças pessoais

Um diário sobre finanças pessoais, produtividade e a busca pela positividade

Escrevi este texto centenas de vezes

26.01.24

Este texto já foi escrito com leveza, lágrimas, raiva, esperança e desespero. O último ano foi um patchwork de emoções. O substantivo é apenas um: fracasso. Melhor dizendo, é um verbo: fracassei.

 

Não é propriamente fácil confessar os nossos fracassos. Embora possa ser um excelente storytelling quando estamos no auge, como uma história de superação, não é nada fácil quando nos sentimos no fundo do poço. 

 

Teoricamente, eu sei que o fracasso em conseguir transformar o Descontos numa fonte de rendimentos não define quem sou, mas não deixa de ser doloroso e intimidante.

 

Do fundo do poço, a esperança é uma luz muito ténue, quase imperceptível. Mas é luz e eu planeio segui-la. 

E o centro de emprego?

15.09.22

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Kelly Sikkema - Unsplash

1. Tentei inscrever-me no centro de emprego para aceder a cursos de formação financiada - queria melhorar as minhas competências em excel avançado e bases de dados.

Para me inscrever em cursos de formação financiada exigem comprovativo de emprego (dependente ou independente) ou declaração de desemprego pelo IEFP)

2. O formulário online é uma porcaria e tive de "mentir" porque as opções não permitem dizer o que fazia, porque deixei de fazer e o que queria....

3.  O centro de emprego exigiu que comparecesse presencialmente e quando expliquei as minhas circunstâncias (cuidadora) e pedi para fazer a entrevista por videoconferência, responderam-me que: "os candidatos inscritos no Centro de Emprego têm deveres para com a nossa instituição...". (*)

4. Expliquei-lhe que sei muito bem quais são as minhas responsabilidades e cancelei a minha inscrição. Menos uma para as estatísticas.

 

(*)

Eu nunca recorri a uma baixa médica, a subsídio de desemprego ou afim.

Os termos do email que recebi e a falta de apoio com que esbarrei, deixou-me emocionalmente esgotada, ao ponto de ter uma crise de choro (não se preocupem, já passou). 

A situação de desemprego já é difícil, seja por qual motivo for, mas é demolidor ser tratada como "parasita".

Nova vida

30.09.21

"For me, success is not a public thing. It's a private thing. It's when you have fewer and fewer regrets."

Toni Morrison

 

Surpreenderá muitas pessoas, mas não as que acompanham o blog desde os primórdios.

Afinal de contas, era essa a missão: consolidar as minhas finanças porque havia tomado a decisão de cuidar da minha mãe.

Adiei até não poder adiar mais.

 

Entretanto, criei um fundo de emergência de quase um ano, paguei um novo telhado que estava a abater e a deixar entrar água e substituí o soalho que estava a ceder.

 

Agora começa uma nova fase, para a qual não tenho um plano ou livro de instruções.

Apenas sei que não posso adiar os cuidados, a tempo inteiro, que a minha mãe já necessita e que não posso arriscar causar danos significativos no meu local de trabalho, por não conseguir manter a concentração nas tarefas que são minha responsabilidade.

 

A pandemia deu-me uma ajuda e consegui convencer a minha mãe que troquei as férias por teletrabalho até ao final do ano.

Temo o impacto da minha decisão na saúde mental dela e por isso, planeio ocultar a informação durante o maior tempo possível.

 

E agora?

Continuo e continuarei a ajudar na transição para uma nova contratação.

Estou a começar a implementar a rotina possível, na casa da minha mãe.

Estou a aproveitar os dias com sol para passear com ela algumas horas por dia, porque os dias de chuva estão à porta. Imaginem na logistica de uma saída com cadeira de rodas, com chuva.

Vou implementar todas as minhas ideias / estratégias de rendimentos a partir de casa, agora que deixo de estar vinculada a uma cláusula de exclusividade.

 

E assim começa uma nova fase deste diário. Sem arrependimentos.

Cortar nas despesas

07.06.21

Cortar as despesas não essenciais é uma acção-chave para eliminar dívidas e aumentar os rendimentos disponíveis.

 

Ainda na sequência do efeito "latte", decidi que era uma boa altura para cortar duas despesas não essenciais que, no fim do ano, não eram um valor desprezível.

 

A primeira, um capricho na forma da subscrição do domínio de um blog literário que me estava a custar mais de 20 €/ano. Acresce a isto o facto de eu "guardar" um outro domínio com o mesmo custo anual. 

Ou seja, estava a pagar 40€/ano.

 

Outra despesa, era a minha subscrição de um jornal (80 €/ano). Por muito que deseje apoiar jornalismo sério, neste momento, tenho de reduzir ao máximo as minhas despesas.

 

Por isso, decidi eliminar a subscrição do jornal e um dos domínios, poupando 100€/ano.

 

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Não posso dizer que foram duas despesas difíceis de cortar, já que, na verdade são despesas supérfluas, no grande esquema das coisas.

Poupei e paguei: lentes

11.05.21

Se me seguem no Instagram, provavelmente já saberão que há algumas semanas, uma rabanada de vento tirou-me os óculos da cara e lascou ambas as lentes, de forma significativa.

Como já há 3 anos que não trocava de lentes e como os números Covid abrandaram, senti-me com alguma segurança para ir a uma consulta num local sem ventilação.

E tinha mesmo de ir à consulta, porque já sentia que tinha de mudar de lentes.

 

Consulta feita, não só tive de mudar de lentes (olá progressivas!), como vim com um tratamento de gotas oculares para três meses (e um raspanete por não usar os óculos de sol).

 

Como em inúmeras coisas na vida, o que gastam, determina o quanto vão receber.

E parece que é assim com as lentes progressivas/multifocais: lentes com um campo de visão útil maior, são mais caras.

E ainda são mais caras por terem redução de espessura. Para ficarem com uma ideia: as lentes escuras não têm redução de espessura.

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Quando o funcionário abriu o catálogo e apontou para a lente que eu precisava, o preço era 485 €. Eu fiz rapidamente as contas a 4 lentes e senti as minhas poupanças a mingarem rapidamente.

As boas notícias viriam depois: desconto e oferta das lentes escuras (eu tenho fotofobia). O total não chegou a 800 €.

 

Eu não quis ver o preço das lentes mais económicas, com um menor campo de visão. Eu considero as minhas lentes um investimento na minha saúde.

Por isso tenho um envelope virtual de 50 €/mês para saúde, em especial para lentes, ginecologista e dentista.

 

Porque poupei, tinha para pagar quase o equivalente ao salário de um mês de trabalho.

Paz financeira.

Diário das minhas finanças pessoais - Fevereiro

01.03.21

Em Fevereiro, poupei bastante.

Os "disparates" poderiam ter sido poupados, mas senti a necessidade de transferir algum dinheiro para a economia, porque o posso fazer. 

 

As despesas:

Casa: 1 €

Na verdade é trabalho, porque tive de fazer umas impressões e por isso ultrapassei o meu limite de impressões grátis da HP.

Ultrapassei com UMA impressão!!! Que galo!

Agora vou estar atenta e no dia 22 vejo se tenho impressões grátis para gastar. Queria aproveitar para imprimir um molde de costura com 8 pgs. : )

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Telemóvel: 7,5 €

Eu tenho o hábito de desligar os dados, só ligando quando verdadeiramente necessito deles. Dessa forma, evito ultrapassar o crédito.

 

Luz/gás: 207,13 €

A conta da EDP, respeitante a dois meses (confesso que entre o confinamento e o frio, esperava um pouco pior).

O envelope da luz/gás é o meu preferido por ser uma despesa elevada. Tenho sempre esse dinheiro reservado, sem preocupações.

Apesar de ter tirado tanto dinheiro, tenho já 200€ no envelope (contando com o reforço de Março).

 

Supermercado: 90,94 €

Ainda um pouco acima do habitual, mas aceitável, tendo presente que a prioridade são as compras de proximidade e não posso/quero recorrer a promoções, como habitualmente.

 

Carro: 140,71 €

Apenas 32 € de gasolina, que praticamente não gastei.

Mas tive de voltar ao mecânico. Espero ser a última reparação dos próximos tempos.

 

Maluquices: 47.38 €

Inclui as revistas que passei a comprar para a minha mãe, um molde de costura (7.38 €) e alguns registo do euromilhõe ( 10€ eu me confesso... não consigo resistir aos mega jackpots).

 

Donativos: 37.99 €

Infelizmente, estamos num período em que este valor é pequeno para as necessidades.

 

Restauração: 12 €

Take Away.

 

Horta: 19,85€

Já gastei quase 20 € em substratos, sementes e plantas. Uma despesa que tenho de controlar, pois corro o risco de me entusiasmar com compras de impulso. Todas as compras foram feitas no comércio local... e quando digo local, refiro-me à minha freguesia. :)

 

Não houve grandes disparates.

A despesa extra com o carro saiu do rendimento mensal, sem necessidade de recorrer ao fundo de emergência.

Aliás, nestes dois meses, aproveitei para encher os valores anuais de alguns envelopes (vestuário e quotas), além de reforços do meu fundo de emergência e poupança-reforma.

Diário das minhas finanças pessoais - Janeiro

15.02.21

2021 chegou e continuamos em 2020.

Pelo menos é assim que me sinto.

 

Como estou em casa, simplifiquei as minhas finanças pessoais. Por exemplo, não anoto os gastos diários na padaria, simplesmente anoto 5 € semanais, seja ou não um valor real. É aproximado e isso basta-me.

 

Os meus gastos em Janeiro:

 

Quotas: 24 €

Contribuir para uma associação local que apoia idosos é, para mim, um acto de cidadania. Valor saído do envelope físico. 

 

Casa: 13,60 €

Tive de comprar uns auriculares novos e um rato para o escritório. Mas parte desse valor foi devolução de um rato avariado.

 

Telemóvel: 8,94 €

Confesso que não me recordo porque gastei mais do que a mensalidade (7.50 €). Penso que fiz uma chamada de donativo.

 

Saúde: €29,41

Máscaras, medicamento e afins.

 

Luz/gás: 25.50 €

Uma botija de gás. Valor saído do envelope físico. 

 

Supermercado: 160,05 €

Em Janeiro gastei o dobro do habitual.

Parte explica-se pelo facto de não estar a privilegiar as compras mais económicas, mas as de proximidade ou nos locais onde os meus pais desejam comprar (sou eu que faço as compras). 

Se acrescer a isso, o facto de custear as taxas de entrega e de me ter tornado uma comedora de fruta...

Ainda assim, muito acima do que eu esperava, tendo em conta que pouco mudei no meu consumo diário.

 

Carro: 3.40 €

Nem gasolina tive de meter. Surreal.

 

Maluquices: 24.54 €

Inclui as revistas que passei a comprar para a minha mãe (16€/mês).

 

Donativos: 30.85€

Infelizmente, estamos num período em que este valor é pequeno para as necessidades.

 

Restauração: 30€

Take Away mais uma sessão de castanhas assadas (pré-confinamento). Bons investimentos.

Confesso que não prefiro o take away à comida de casa, mas considero estar a fazer a minha parte para apoiar os restaurantes locais.

Por isso, não utilizo grandes cadeias, seja para a comida ou para as entregas.

 

Vestuário: 20€

Tive de comprar 3 calças de fato de treino. Uniforme para os novos tempos.

 

Não houve grandes disparates.

Fevereiro promete ser diferente porque me espera uma valente despesa com o carro. Mais uma reparação, a somar aos 500 € que gastei no ano passado.

Curtas

21.01.21

Good things come to those who go out and fucking earn it!

Autor/a desconhecido

 

 

Como estão?

Espero que as notícias de hoje, da suspensão das aulas, tenham sido um alívio, não mais uma provação.

 

Inscrevi-me em dois cursos de formação, mas não arrancaram na data prevista por falta de formandos.

Em confinamento, pode ser uma forma adicional de rendimentos: para desempregados pode dar direito a bolsa de formação e os empregados podem receber subsídio de refeição.

 

Com o evoluir da situação, nem consegui ir aos CTT para fazer os certificados de aforro e não me parece que vá num futuro próximo.

 

O meu segundo objectivo para Janeiro, era fotografar a minha colecção de selos, para tentar vender.

Ainda não comecei, mas não vou deixar de cumprir o objectivo.

 

Domingo é dia de votar.

Planeio estar lá 10 minutos antes da abertura das urnas, para evitar filas.

Se há uma coisa que os últimos 4 anos nos demonstraram, é o que acontece quando chegam os monstros ao poder. Não posso ficar em casa e ver a extrema direita e o fascismo a ganhar votos, mesmo que só nas presidenciais.

 

Entre romances, contos e novelas, já somo 10 leituras em Janeiro. Escolhi ler mais e não renovar a mensalidade grátis que recebi do Netflix, apesar de muito tentada.

 

É surreal pensar que estou (novamente) em teletrabalho há 3 meses. Sinto o tempo a passar sem marcas.

 

Coloquei-me a seguinte questão: o que vai marcar o teu mês de Janeiro?

Estou determinada a criar essa marca até ao final deste mês.

 

No choice is a choice. If you're not doing something about it, you're doing something about it.

Autor/a desconhecido

Qual é o custo mensal de um automóvel?

05.10.20

Há uns anos, se me perguntassem isso, eu responderia com o valor mensal do custo com gasolina, mas há muito que as contas são outras.

 

Sem contar com o custo de aquisição, eu contabilizo como custos mensais do meu carro:

- seguro automóvel;

- inspecção obrigatória;

- imposto de circulação;

- reparações e manutenção.

 

Para isso, calculo ou faço uma estimativa dos custos anuais e divido pelos doze meses do ano.

 

Por isso, além do que gasto mensalmente com gasolina, portagens e estacionamento, eu poupo 50€ por mês, para responder aos restantes gastos. Ou seja, 600€/ ano. Na prática, tenho faço uma transferência automática do salário, no início do mês, para uma conta poupança a prazo. É um mealheiro virtual.

 

Este ano, pela primeira vez, esse valor não foi suficiente. Em Agosto, esgotei a poupança "automóvel". 


Este ano, como reparações "extraordinárias" tive: bateria (140€), amortecedores da mala traseira (50€) e diversos (250€) e ainda me falta trocar um farol da frente + desempanar (bateram-me no carro, sem eu ver), sob pena de não passar na próxima inspecção.

 

Ora, considerando que em Novembro já tenho de pagar seguro e ainda tenho uma reparação de mais de 100€ para fazer, toda a minha poupança mensal está a ser encaminhada para o fundo de emergência para cobrir isso e outras despesas que surjam. 

 

Para simplificar, nem retiro os habituais 50€ para despesas com automóvel, simplesmente entram no fundo de emergência, no final do mês, com a restante poupança.

 

Em Setembro, poupei mais de 300 € do meu salário, além do que poupei para os envelopes. Esse valor foi totalmente depositado na minha conta de fundo de emergência.

Reset

07.08.20

A difficult lesson to learn Your most persistent d

Ultimamente tenho repensado as minhas finanças pessoais, nomeadamente sobre os motivos que resultaram num constante adiar de objectivos e metas.

 

A pandemia demonstrou que posso poupar mais, evitanto a restauração e "maluquices" e isso poderá trazer-me uma rápida reconstrução do meu fundo de emergência.

 

Por falar em fundo de emergência, esse e cerca de 400 € da minha poupança "reforma" foram utilizados para obras em casa, de modo a adaptá-la a pessoas com mobilidade reduzida. Ainda me faltam uns corrimões exteriores.

 

A "urgência" dessa obra também surgiu com a pandemia, que reforçou algumas ansiedades, como por exemplo a minha decisão se me exigissem voltar ao trabalho, quando eu considerasse ser demasiado arriscado para a minha mãe.

 

Estou a aproveitar este momento de calma para repensar algumas estratégias e rubricas no meu orçamento.

Penso que é o momento para isso, especialmente por não sabemos o que os próximos tempos nos trarão.