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Diário das minhas finanças pessoais

Um diário sobre finanças pessoais, produtividade e a busca pela positividade

Diário das minhas finanças pessoais

Um diário sobre finanças pessoais, produtividade e a busca pela positividade

Efeito "latte"

28.04.21

No mundo das finanças pessoais, o efeito "latte" (meia de leite) traduz o valor acumulado dos pequenos gastos que, no final do mês, são uma grande despesa que poderia ser poupança.

 

Era assim com os meus "pingos com bolinho" que eram cerca de 50 euros no final do mês. Para outros, serão aquelas encomendas baratinhas no Ebay.

 

Mas quanto às pequenas despesas, há duas (fortes) opiniões sobre o tópico:
- devemos cortar todos os pequenos gastos, porque são um acumular de despesa que, pelo pequeno valor, vamos fazendo sem a consciência do valor acumulado;
- devemos esquecer os pequenos gastos e concentrarmo-nos nas despesas maiores; esforços com pequenos gastos no dia a dia podem ter um maior impacto psicológico (infelicidade) e levar a recuos.

 

Eu sou muito crítica da menorização das pequenas despesas do dia a dia e uma coisa não invalida a outra.

 

Pela minha experiência, poupar é uma atitude perante o consumo (grande e pequeno) e quem não se esforça para poupar no dia a dia, também não irá privar-se nas restantes despesas.

 

Mais, a generalidade das pessoas não tem grandes despesas onde seja possível cortar, pois vive com magros salários e é nas despesas do dia a dia que pode fazer ou desfazer as suas poupanças.

 

Por isso, preocupo-me em gastar de forma consciente, independentemente do valor.

O que fiz com o meu aumento salarial

07.04.21

Este ano recebi um pequeno aumento salarial. Não é muito, mas é melhor que nada.

Em anos anteriores, por ser uma quantia pequena, tenho simplesmente absorvido o valor no orçamento mensal. Mas isso geralmente resulta na invisibilidade dos rendimentos extra e aumenta o risco de gastar o dinheiro, sem perceber.

 

Recomendo sempre que o aumento salarial seja utilizado de forma consciente e intencional:

- para eliminar dívida;

- para reforçar o fundo de emergência;

- para reforçar a poupança reforma/investimentos;

- para comprar uma frivolidade (na ausência de dívida).

 

Poderão estranhar a minha última sugestão, mas realmente acho que é perfeitamente aceitável que aproveitem para comprar algo especial, do qual se privaram até à data. Porque nesse momento, é uma compra consciente.

 

Claro que não o recomendo, se ainda têm créditos de consumo e muito menos que incorram em dívida, contando com esse valor para as prestações. 

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Eu optei por alocar esse valor ao meu fundo de emergência e para isso fiz uma transferência automática, programada para o início de cada mês.

 

Ou seja, mais rendimentos = mais poupança.

Não confiem o vosso dinheiro a estranhos/as

19.02.21

Recentemente descobri a página Comer Poupar Amar e entre o post que fizeram recentemente sobre rendimentos extra e este texto (em inglês), consolidei (novamente) a minha opinião de que há sérios riscos, nesta multiplicação de cursos de "finanças pessoais", "investimento" e afins, por pessoas mais ou menos anónimas e mais ou menos qualificadas, nas redes sociais.

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Antes de mais, o post do Comer Poupar Amar destaca-se por ser realista.

Demasiadas vezes, vejo páginas a recomendar formas de rendimento extra, de forma irresponsável. Raramente mencionam as obrigações legais e os custos, como pagamentos especiais por conta ou segurança social).

Isso é muito grave, especialmente agora que há pessoas desesperadas e que pode levar a consequências sérias.

 

Ainda há dias tropecei num artigo que era um passo-a-passo sobre como abrir actividade nas finanças, mas nada dizia sobre os pagamentos ao Estado, que têm de ser feitos independentemente de haver rendimentos.

 

Outro problema são informações falsas sobre os reais ganhos. Isso leva a que, quem não consiga depois os mesmos lucros, acabe por se sentir culpado pelo fracasso.

Aliás, esse é o tom geral de uma grande parte das/os influencers do desenvolvimento pessoal: faz isto e se isso não se traduz em sucesso, é porque não te esforçaste o suficiente.

 

POR ISSO, não entreguem o vosso dinheiro e a vossa auto-estima a desconhecidos.

 

Procurem ideias, experiências e até motivação, mas façam o vosso trabalho de casa: investiguem, estudem e façam escolhas próprias.