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Diário das minhas finanças pessoais

Um diário sobre finanças pessoais, produtividade e a busca pela positividade

Diário das minhas finanças pessoais

Um diário sobre finanças pessoais, produtividade e a busca pela positividade

Estratégia: Ancorar uma mente desorganizada

06.03.23

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 Ontem, entre o momento que comecei a descascar os legumes para a sopa e efetivamente ligar a panela, fui chamada 4 vezes para tarefas não relacionadas. 

Começo a fazer a cama, levo a roupa suja para a casa de banho, pego na que está lá da véspera e decido ir à lavandaria. Como vou à lavandaria, aproveito para levar o lixo para a reciclagem e compostagem (para a aproveitar a viagem). Lembro-me que me esqueci de tirar algo do congelador, para o almoço. Como estou na cozinha, arrumo a louça da máquina para colocar a do pequeno-almoço.

E a cama ainda está por fazer.

 

É-vos familiar?

Eu vi algo semelhante num vídeo sobre o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, e pese embora ter consciência que a minha desorganização é meramente circunstancial, passei a utilizar a estratégia "âncora" (não sei se existe outro termo técnico), como forma de me organizar, durante momentos de maior confusão.

 

Em que consise a estratégia "âncora"

A âncora é uma estratégia que consiste em escolher um ponto específico, seja uma tarefa ou um espaço físico, ao qual voltamos sempre que se encontrarmos distraídas/os ou a saltar de tarefa em tarefa.

Por exemplo, a tarefa "âncora" é fazer a cama e sempre que me encontrar tipo "barata tonta"a saltar para outras coisas, volto à tarefa central, para me reoganizar para o que tenho de fazer.

 

Outro exemplo, será uma gestão de projecto em que se escolhe uma tarefa específica que seja central para esse projeto, como um relatório ou uma apresentação e sempre que nos encontrarmos distraídas/os ou perdidas/os noutras tarefas, voltamos à tarefa central para reorientação e manter o foco.

Ao desempenhar tarefas administrativas, percebo que me teria sido um recurso útil. Muitas vezes, era sobrecarregada com solicitações e, nessas alturas, era particularmente difícil concentrar-me em tarefas mais complexas.

 

Em suma, uma estratégia útil para mentes desorganizadas ou, simplesmente, momentos de desorganização. 

[Consegui escrever todo o testemunho sem usar a palavra produtividade

Organizando a rotina: a importância de dividir tarefas em blocos

01.03.23
Nos últimos meses tenho tido alguma dificuldade em organizar rotinas, seja como cuidadora, seja como freelancer (neste momento, ambas sem rendimentos, lamento informar).
 
Quando as minhas rotinas se alteram de forma mais drástica, dou alguns passos atrás e volto a fazer um mapa do tempo - em que registo o dia-a-dia com horas de início e fim de cada tarefa / área.
 
Pode parecer excessivo, mas é a mais eficaz forma de diagnosticar de forma realística - a distribuição do nosso tempo e, acima de tudo, quanto tempo demora (verdadeiramente) cada tarefa.

 

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Primeiro, estava a angustiar-me não conseguir trabalhar de manhã, que seria o ideal, porque a minha mãe nunca quer sair de manhã.

Mas tive de aceitar que tenho de ficar até às 8h30/9h30 na cama, porque preciso do descanso (tenho de me levantar várias vezes durante a noite).

Com o mapa do tempo, percebi que tinha subestimado a duração das tarefas matinais - higiene, vestir, pequeno-almoço, arrumar camas… e já estou quase na hora de almoço.

 
Ou seja, tive de abandonar a expectativa de ter períodos longos de trabalho de foco, durante as manhãs.

 

Esse diagnóstico permitiu-me organizar as tarefas de gestão, nos pequenos blocos de tempo disponíveis.

Mais importante, permitiu-me ter consciência de que, a desorganização poderia ser compartimentada em blocos, com uma tarefa muito específica de tarefas a fazer.

 

Por exemplo:
 
  • em vez de “actualizar a tabela de frescos”, algo que dura várias horas, uma lista de sub-tarefas com as várias lojas + respectiva acção de informar no FB que a tabela foi actualizada;
 
 
  • em vez de “limpeza a fundo da cozinha”, uma lista de mini-tarefas que possa executar em pequenos blocos de tempo;
 
 
  • em vez de “blog post XPTO”, dividir as componentes criativas (escrever - como estou a fazer neste momento, no carro à beira mar) e básicas (como publicar, escolher uma foto, post no FB, no IG, eventualmente no Pinterest)
 
 
Assim, ao implementar estas práticas, otimizo o uso do tempo e reduzo a necessidade de tomar muitas micro-decisões ao longo do dia, o que me permite ser mais produtiva e ter uma mente mais ágil e focada para lidar com as tarefas e desafios mais importantes.
 
 
Outras leituras:

Mapa do tempo #3

 

Pedi ao ChatGPT para me sugerir 3 títulos para o meu texto:

 

  1. "Como um Mapa do Tempo pode aumentar a sua produtividade"
  2. "Organizando a rotina: a importância de dividir tarefas em blocos"
  3. "Dicas para otimizar o uso do tempo e reduzir micro-decisões desnecessárias"

    Escolhi bem?

Pedi que me sugerisse um título "click-bait" e ele não desiludiu: "O segredo chocante que descobri para ser mais produtivo - e como você também pode usá-lo!"

 

Foto de Lauren Sauder na Unsplash

Gestão de tempo: Um fim-de-semana a sério

31.05.19

Há dias ouvia a Laura Vanderkam, uma conhecida autora sobre gestão de tempo, sobre como organizar um fim-de-semana de forma a maximizar o seu impacto como tempo de lazer e descanso e minimizar o tempo de afazeres.

 

Ela sugere partir o fim-de-semana em blocos (aqueles que façam sentido no nosso estilo de vida). No meu caso seria:

  • sexta-feira à noite,
  • sábado durante o dia,
  • sábado à noite,
  • domingo de manhã,
  • domingo de tarde e
  • domingo à noite.

 

As minhas manhãs e tardes de sábado funcionam como um bloco porque passo o dia a fazer limpezas em duas casas.

 

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Depois, deveríamos alocar diferentes tipos de actividades aos diferentes blocos, sugerindo uma distribuição que introduza um balanço entre descanso, socialização (reunião com amigos ou família), exercício (uma caminhada), espiritualidade (não tem de ser religião, pode ser voluntariado, meditação, uma caminhada solidária, ler algo inspirador) e responsabilidades. Mais, que não teria de ser assim para todos os fins-de-semana, mas deveríamos esforçarmos para tratar os nossos fins-de-semana como especiais. 

 

A autora alerta (e eu enfiei a carapuça) que é muito importante alocar um bloco de tempo específico para os afazeres (como as limpezas) sob pena de poder contaminar todo o fim-de-semana: andamos a fazer pequenas coisas durante o fim-de-semana, de forma pouco eficiente e a sentirmo-nos culpadas por não fazer/terminar.

 

Ao tratar pelo menos um dos blocos como especial, introduzimos um factor diferenciador, uma memória e diluimos a sensação de tempo que passa sem eventos, sem acrescentar nada à nossas vidas.