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Diário das minhas finanças pessoais

Um diário sobre finanças pessoais, produtividade e a busca pela positividade

Diário das minhas finanças pessoais

Um diário sobre finanças pessoais, produtividade e a busca pela positividade

Pagar para fazer o meu trabalho II

11.06.19

Pagar para fazer o meu trabalho I

 

Depois de alguma reflexão, de ler os vossos comentários e até a opinião de alguns gurus da independência financeira, julgo ter chegado a algumas conclusões sobre a minha posição quanto a pagar para me limparem a casa ou passar a ferro.

 

1. Para libertar tempo livre

Muitas pessoas se referem ao tempo de lazer/descanso que "compram" quando pagam a outra pessoa para fazer as tarefas domésticas.

No meu caso, isso aconteceu recentemente - eu estive a limpar a casa da minha mãe enquanto outra pessoa limpava a minha, mas em regra eu não iria fazer nada de especial nesse tempo, excepto descansar.

 

A verdade é que só iria pagar para não ter de fazer algo que desgosto. Esse seria o único acréscimo à minha vida.

 

2. Para aumentar os meus rendimentos

Há vários anos, a minha vida profissional incluía 3 trabalhos: durante o dia, um extra à noite e outro extra aos sábados de manhã.

Nesse caso, estava a pagar para libertar tempo para incrementar os meus rendimentos. Ou seja, eu recebia mais dinheiro na actividade de sábado de manhã, que estava a pagar para me limparem a casa.

E como eu preferia passar o meu sábado a trabalhar que a limpar a casa ou a passar a ferro, fazia sentido.

A necessidade de descanso também pesou porque eu não limpava de forma tão rápida e eficiente, demorando mais que a profissional. 

 

3. Nunca, quando ainda se tem dívidas

A não ser que seja uma forma de aumentar rendimentos, nunca deveremos pagar outros o que podemos fazer nós próprios, antes de eliminar as dívidas pessoais.

Isto porque, é sabido que ter dívidas é uma fonte de stress e o tempo de lazer/descanso que se obtém, não a eliminará.

Na verdade, o sentimento de culpa por ter gasto esse dinheiro, em vez de o alocar para a eliminação da dívida, poderá agravá-lo.

 

No meu caso pessoal, a minha paz financeira não advém somente de não ter dívidas, mas de ter um fundo de emergência robusto.

 

Por isso, concluo que não posso justificar a mim mesma gastar esse dinheiro, quando posso poupá-lo.

Ou seja, até ganhar o euromilhões, vou ter de continuar a passar a ferro.

Melhores finanças pessoais em 2019: Um orçamento equilibrado (um método)

12.01.19

Post inicialmente publicado em 04.04.13

2013

A primeira vez que pensei que teria de pensar na forma como gastava dinheiro foi a ver a Oprah e um programa que trabalhava com os casais métodos para eliminar dívida. 

 

O programa começou por pagar dívidas, dando a estas pessoas uma segunda oportunidade. Porém, parece que a apresentadora terá sentido que isso não seria nem suficiente nem pedagógico e foi aí que começou a vertente "Debt Diet" que no fundo se traduz em fazer dieta, no que respeita às finanças pessoais com vista ao pagamento da dívida pessoal.

 

Recordo-me que a primeira coisa que fiz foi testar os meus rendimentos e gastos face à planificação da guru das finanças pessoais: Suzie Orman. De acordo com esta, os nossos rendimentos deveriam dividir-se da seguinte forma:

 

35% HabitaçãoDespesas com hipoteca, seguros, impostos,  manutenção e gastos com consumos como água, luz, telefone, gás,...

 

25% Custos de vida: Despesas com alimentação, limpeza, saúde, entretenimento (ex: cinema, jantar fora, férias...), vestuário e presentes.

 

15% TransportesDespesas com combustível, seguros, impostos, manutenção, estacionamento, multas, passes, bilhetes.

 

15% DívidaDespesas com pagamento de créditos pessoais e/ou cartões de crédito.

 

10% Poupanças

 

 

O meu problema sempre foi o facto de os meus "rendimentos" terem uma forte componente de obrigações legais: segurança social e impostos. Com efeito, a contabilização desses encargos corresponde a 35% do meu "salário" inicial. 

 

Com o meu magro salário, este gráfico é incomportável. Porém, é um bom excelente de partida. Suspeito que, para a generalidades das pessoas, as despesas com habitação consistam em bastante mais qu os 35% de rendimentos disponíveis.

 

2019

HABITAÇÃO: Se excluir as obras de manutenção. E confesso que quanto a isso, estou em fase de balanço, as minhas despesas habitação estão bastante baixas: 10% dos meus rendimentos.

CUSTOS DE VIDA: Neste momento estão em 28%, muito próximo do ideal (que é 25%). Sou um pouco crítica quanto a esta rubrica porque entre alimentação, saúde são muito distintas de entretenimento.

TRANSPORTES: Estou a gastar um pouco mais do que seria desejável: 17% em vez de 15%.

DÍVIDA: zero por cento!!!!!

POUPANÇAS: Incluí aqui poupanças propriamente ditas e pagamento de prestações para sistema de reforma. Se não o fizesse, a poupança seria de cerca de 10%, em vez de 26%.

OUTROS: 19% dos rendimentos não estão alocados em rubricas fixas, funcionando como margem e se possível, poupança. 

 

Em 2013 terminei o post com Com o meu magro salário, este gráfico é incomportável. Em 2019, sinto que está muito próximo do recomendado, porém, concluo o mesmo: Suspeito que, para a generalidades das pessoas, as despesas com habitação consistam em bastante mais qu os 35% de rendimentos disponíveis.

Planear o futuro que se deseja

10.09.18

Mas ele tinha um hábito enervante de acertar com os seus palpites. Lessa corrigiu-se de novo. Ele não fazia palpites. Estudava. Planeava. Pensava e depois usava o bom senso. (...) Lessa começou a sentir-se melhor quanto ao futuro. 

 

O Planeta dos Dragões 2, Anne McCaffrey

 

Eu tenho uma natureza fatalista, com isso quero significar que apesar de desejar estabilidade e estrutura, tendo a sentir-me num vórtice de caos e inevitabilidade, como se nada que eu fizesse alterasse o resultado final das coisas. Os planos são fúteis porque algo os vai deitar por terra. 

 

É assim na minha vida financeira e profissional (e naturalmente as duas estão interligadas). 

 

Teoricamente eu sei que a minha ideia de fatalismo não é real, mas há um trabalho interior diário para contrariá-la. Tenho consciência que é por isso que gosto de listas e cadernos de notas e blogs. São tentativas de dar ordem à desordem, de organizar a mente. 

 

Eu sei, fruto da minha experiência pessoal, que se planear determinadas tarefas ou objectivos isso elimina o caos e a minha ansiedade. 

 

Por isso, tenho de resistir à procrastinação, que é resultado da minha natureza fatalista e fazer aquilo que tenho de fazer, seja uma tarefa profissional ou uma que resulte em poupanças.

 

É assim, por exemplo, quando:

- planeio as refeições e os lanches a meio da manhã e da tarde, que levo para o trabalho;

- planeio as compras de presentes;

- compro vestuário usado, quando ele surge a bom preço, em vez de comprar apenas quando preciso;

- compro livros para as minhas sobrinhas, usados e à medida que vão aparecendo, mas com as metas curriculares em mente.

E poderia continuar...