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Diário das minhas finanças pessoais

Um diário sobre finanças pessoais, produtividade e a busca pela positividade

Diário das minhas finanças pessoais

Um diário sobre finanças pessoais, produtividade e a busca pela positividade

Auto-compaixão e prosseguir objectivos

05.01.21

"What you know today can affect what you do tomorrow. But what you know today cannot affect what you did yesterday."

Condoleeza Rice

O que sabes hoje, pode afectar o que fazes amanhã. Mas o que fazes hoje não pode afectar o que fizeste ontem.

 

 

Be kind to the past versions of yourself that didn't know the things you know now. 

@Yogismood

 

Sê gentil para com as versões passadas de ti próprio, que não sabiam as coisas que sabes hoje.

 

Quantas/os de nós, no balanço do ano a terminar, não ouviu um auto-discurso acusatório: és uma idiota, desperdiçaste aquele dinheiro, poderias ter poupado mais, gastaste nisto e naquilo, não aprendes, ...

 

Dizemos a nós próprias/os, aquilo que jamais diríamos a terceiros, a quem, geralmente concedemos compaixão: Tem calma, este ano vai correr melhor. Não te martirizes, o que passou, passou, é olhar para a frente...

 

Quando vemos alguém a sofrer porque cometeu um erro, reconhecemos a sua humanidade e tentamos consolar a pessoa.

A auto-compaixão é precisamente conceder-nos a mesma compaixão, "oferecendo bondade e compreensão para consigo mesmo, desejando o próprio bem-estar, assumindo uma atitude imparcial em relação às próprias inadequações e falhas, enquadrando a própria experiência à luz da experiência humana comum."

 

Estudos preliminares têm apontado para resultados positivos, indicando que a auto-compaixão oferece benefícios de saúde  psicológica.

Porque o processo de auto-reflexão que a auto-compaixão implica, evita que tentemos distanciar-nos de sentimentos negativos e dessa forma funciona como um processo de auto-regulação emocional.

 

Mais, as evidências apontam para um impacto da existência (ou inexistência) de auto-compaixão nos processos de aprendizagem.

 

Nos processos de desenvolvimento pessoal, a auto-compaixão permite avaliar as situações como um momento de aprendizagem, em vez do enfoque nos sentimentos negativos de fracasso.

 

É muito diferente dizer: "tu és uma fracassada" de "tu cometeste erros e fracassaste".

Porque a primeira atitude amplifica os sentimentos negativos e de isolamento (o problema sou eu) e a segunda coloca o enfoque no comportamento e esse pode ser corrigido.

 

Se pensarmos nessas atitudes associadas à prossecução de objectivos, é fácil concluir que quem tenha maior auto-compaixão, tenderá a adoptar comportamentos positivos e pro-activos (de correcção do que correu mal), propensos a prosseguir com os seus objectivos, mesmo perante as dificuldades e erros, numa espécie de motivação intrínseca.

 

Em suma, auto-compaixão não é um sentimento de auto-piedade indulgente, mas uma verdadeira estratégia de motivação para prosseguirmos os nossos objectivos.

 

 

Referências:

Kristin D Neff (2003b). Self-Compassion: An alternative conceptualization of a healthy attitude toward oneself. Self and Identity, 2, 85-102. https://doi.org/10.1080/15298860309032

Kristin D Neff, Ya-Ping Hsieh & Kullaya Dejitterat (2005) Self-compassion, Achievement Goals, and Coping with Academic Failure, Self and Identity, 4:3, 263-287. https://doi.org/10.1080/13576500444000317
 
 
Outros recursos:
 
 
Inspiração:
 

Estabelecer objectivos de poupança em níveis

05.01.17

Há várias formas de criar objectivos de poupanças e uma que me parece mais fácil de implementar são os objectivos em níveis

 

Pensem numa escada, em que têm vários objectivos que têm diversas ordem de grandeza:

> conseguir pagar as despesas correntes com o salário (sem recorrer ao cartão de crédito),

>> conseguir poupar para pagar as mensalidades mínimas do(s) cartão(ões) de crédito,

>>> conseguir poupar para pagar mais que a prestação mínima do cartão de crédito com a menor dívida,

>>>> conseguir poupar para liquidar o cartão de crédito com a menor dívida;

>>>>> conseguir poupar para conseguir poupar para pagar mais que a prestação mínima do cartão de crédito com a menor dívida seguinte....

PAGAR TODOS OS CARTÕES DE CRÉDITO

 

É assim com as minhas finanças pessoais: do envelope para levar a família ao cinema em Março (€30) à poupança para a reforma ou para a compra de uma casa. 

 

Quando criamos objectivos anuais, estamos a dividir os nossos objectivos em níveis. 

 

 

O meu fundo de emergência foi pensado em níveis. Primeiro estabeleci como objectivo poupar €500, depois €1000. Como este ano gastei desse valor, o meu primeiro objectivo (primeiro nível) é repor o que gastei em 2016. 

 

O segundo nível das minhas poupanças é adiantar os pagamentos nos meus envelopes, em especial aqueles que terei de gastar em breve.

 

A minha ideia é tratar os envelopes como dívidas e encaminhar para lá as poupanças do mês. Imaginem que em Janeiro poupo €50. Se tivesse o fundo de emergência completo, encaminhava para o envelope menor (para motivação) e adiantava, por exemplo, 10 meses de despesas com material escolar.

 

E trato os envelopes como o sistema bola de neve: primeiro o envelope mais pequeno, menos uma mensalidade no mês seguinte que se torna poupança para outro envelope.

 

 O terceiro nível das minhas poupanças é retomar os pagamentos mensais dos envelopes, mas para o ano 2018 e a poupança de cada mês iria servir para colocar o meu fundo de emergência no nível seguinte: €2500.

 

Mas vamos por partes. Ainda estou no 1º nível: 

- cumprir o orçamento dos envelopes;

- não gastar mais que o rendimento mensal;

- ter €1000 no fundo de emergência.

Estabelecer objectivos de poupança

04.01.17

Comecei a escrever um post sobre como imprimir (gratuitamente) as diversas páginas de uma agenda de finanças pessoais e percebi que a primeira - com os objectivos do ano - tem muito que se lhe diga. 

 

Quando comecei os blogs, os meus objectivos eram: pagar todas as dívidas, de forma a não serem um pesadelo, se tivesse de deixar de trabalhar. 

 

Pagar uma dívida é um objectivo quantificável: é X,00 €. Depois, criamos as estratégias para poupar ao máximo em diversas áreas da nossa vida: 

> poupar na restauração > fazer marmitas > levar fruta

 

Só daí podemos criar outros objectivos, perfeitamente autónomos: levar almoço para o trabalho x/semana ou todos os dias. E as estratégias:

- procurar receitas de sandes nutritivas;

- fazer sopa todas as semanas;

- procurar receitas que congelem bem;

- planear o menu semanal todos os domingos;

...

 

No meu caso, criei uma semanada de 10 euros para todos os gastos com restauração (almoço, lanches,... mas não incluíndo saídas com a minha mãe) e tenho uma checklist diária em que tenho um item: dia de gasto zero na restauração. Essas são as minhas estratégias para atingir o objectivo: não gastar em restauração.

 

Se preferirem apps, sugiro que procurem as que monotorizam os hábitos.

 

Mais, vou utilizar este envelope e o das miúdas para poupar para uma saída especial em Março: vamos ao cinema ver a Bela e o Monstro em família. Tinha-me esquecido desse envelope e assim aproveito o objectivo como incentivo. Ou seja, este objectivo acaba por ser uma estratégia de poupança.

 

A estreia é no dia 16 de Março (cerca de 10 semanas), calculei que necessitarei de cerca de €30 e por isso sei que basta-me poupar €3/semana para atingir esse valor. Se conseguir poupar o valor total, em 3 semanas poupo esse valor.

E é perfeitamente possível não gastar, levando de casa a marmita, uma termos com a meia de leite, uma caixinha com bolachas, uma peça de fruta. Ainda não gastei nada desta semana.