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Diário das minhas finanças pessoais

Um diário sobre finanças pessoais, produtividade e a busca pela positividade

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Roupa recuperada não é lixo

07.08.18

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Já perdi a conta à quantidade de itens que recuperei de sacos deixados junto a contentores de reciclagem. É uma das vantagens de reciclar. É um dos objectivos de quem quer diminuir a sua pegada ambiental - mesmo à custa dos outros.

 

Recuperei muita roupa. MESMO muita roupa. Algum calçado. Alguns brinquedos, entre eles uma enorme caixa de legos.

Uma amiga já encontrou sacos de livros infanto-juvenis. A tudo foi dado um destino, que passou pela reutilização. 

 

Neste momento, tenho duas máquinas (8+6kg) a lavar roupa que não é minha. Tenho sempre para onde encaminhar. Aliás, há já duas ou três famílias que irão, de bom grado, aproveitar as inúmeras peças de criança já para a próxima estação. Roupa boa, com mais ou menos uso e até sem sinal de uso.

 

Se se a roupa não serve para vestir, há inúmeras utilizações, antes de terminarem no contentor de têxteis (a pior das hipóteses):

- roupa para bonecas;

- retalho para carteiras;

- retalho para um centro de formação com ensino de costura;

- almofadas (um retalho para a almofadas e restos para o enchimento).

 

Neste momento, tenho duas máquinas (8+6kg) a lavar roupa que não é minha. Tenho sempre para onde encaminhar. Aliás, há já duas ou três famílias que irão, de bom grado, aproveitar as inúmeras peças de criança já para a próxima estação. Roupa boa, com mais ou menos uso, mas também sem sinal de uso.

 

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A boneca estava nua, numa loja solidária. O anel/pulseira e a bandelete tinham sido recuperados de um saco de brinquedos e agora encontraram nova dona. O vestido e as calcinhas fiz com retalhos. 

Já a devolvi à loja e aposto que voltando, já não a encontro. 

 

O nosso lixo tem tantas vidas desperdiçadas.

A minha relação com as coisas em época de saldos

29.06.16

Desde que comecei o meu percurso de eliminação de dívidas e, necessariamente de poupança, apercebi-me (de forma progressiva) do quanto o meu consumo era desperdício. 

 

As minhas tralhas eram duplicados, itens desnecessários, coisas que comprava e nunca chegava a usar, roupa a mais, comida a mais, gadgets a mais, livros a mais, DVD a mais. Todos os excessos consumiam dinheiro, espaço e energia para os manter (limpar, encontrar quando precisava deles, arrumar para encontrar aquilo que efectivamente necessitava).

 

Tem sido um processo lento, mas a minha relação com as coisas é cada vez mais consciente e desprendida. Ao destralhar passei a ponderar, cada vez mais, o que iria comprar. 

 

Mudança de paradigma. No dia que eliminei o último cêntimo da minha dívida, ofereci-me um presente: um conjunto de carimbos. Uma coisa tola, menos de €5.00 mas totalmente desejada e totalmente inútil. Passados uns dois anos, devem ter saído da caixa umas 10 vezes. Esta semana foram destralhados.

 

A roupa que estava anos no armário ainda com a etiqueta - aquela coisa baratinha dos saldos - foi progressivamente eliminada. Há três anos que estou a eliminar peça a peça, trocando-as pelos básicos em que me sinto mais confortável, mesmo que isso se traduza em parecer que estou a vestir sempre a mesma roupa.

 

Há seis meses que não compro roupa ou calçado. As poucas peças que comprei antes disso, foram aquelas que forçosamente tive de comprar para gastar cartões presente. Até aí fui frugal: cuecas porque vou sempre usar, um novo guarda chuva para substituir o que tenho, quando chegar a altura. O resto usei em presentes para outras pessoas.

 

Tenho um stock de 7 calças de ganga que vou conseguindo aos poucos. Nenhuma custou mais que €1.00, se comprada. Algumas troquei por coisas que não necessitava; custaram o que gastei em correios para enviar a troca, se esta não foi em mãos.

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Faço stock porque é difícil encontrar calças de ganga escuras e sem decorações. Faço-o porque tenho um plano de nunca mais comprar umas calças de ganga novas na minha vida.

 

Começo a acreditar que é possível traduzir isso noutras peças de vestuário. 

 

Eu não vou aos saldos.