Foi no SapoTek (enquanto procrastinava) que descobri a ferramenta da OCDE para calcular o nosso sentimento de riqueza/pobreza face à realidade do nosso país.
Honestamente, eu pensei que estava entre os 40% mais ricos do país, com meu pequenote salário de €750.
Mas parece que a realidade é que 60% dos portugueses ganham mais que eu.
Talvez a minha percepção seja enviesada, precisamente por causa dos meus hábitos de poupança e frugalidade.
Ou talvez porque os rendimentos referidos não comportam as despesas que não tenho, com habitação ou filhos para sustentar.
É um exercício de percepções, somente isso. Porém, não deixa de ser interessante.
Antes que me questionem sobre o tópico, a resposta à pergunta - é legal apanhar pedras na praia? - é: não sei.
Recordo-me que houve algumas questões a serem levantadas, quando mencionei a possibilidade de apanhar galhos de madeira na praia, para aquecimento. Recordo a resposta que obtive do departamento com competências na área do ambiente da GNR (fala de galhos no final).
Porém, não poderia deixar de destacar um texto, em que tropecei recentemente, que fala de uma pessoa que começou a vender pedaços de vidro que dão à costa, e que ficam naturalmente polidos, tornando-os apetecíveis para trabalhos de joalharia.
Aparentemente há um mercado para diferentes cores e tipos de vidros, e esse permite-lhe ganhar uma média de 65 dólares por semana. Nada mau.
Se forem às lojas Etsy, que é um mercado online vocacionado para a artesanato, encontram também um bom leque de produtos que poderiam ser vendidos: pedaços de madeira natural, pedras do mar, etc. Por exemplo, tudo que seja em forma de coração, é mais valioso.
Em suma, o que mais me surpreendeu é que esta pessoa fez um negócio de um passatempo que está ao alcance de todos. Olhou para o banal e viu nisso uma forma de obter rendimento extra.
Não sei se vos impressionou, mas garanto que quando fui passear na praia, olhei para aquele monte de pedras com outros olhos.
Há dias tive conhecimento de uma moda chamada ASMR que, pelas leituras que fiz, não passa de uma pseudo-ciência baseada nos nossos instintos de primatas.
Eu explico. Há quem faça vídeos cujo tema principal é o som de cabelo a ser penteado. Juro!!! Ri-me a bom rir, até ver o número de visualizações... 1 a 3 milhões de visualizações.
No fundo, estes youtubers descobriram que afinal somos todos macacos e estarão a ganhar muito dinheiro com isso.
Assim, se procuravam um nicho de mercado para começarem o vosso império no You Tube, aqui fica a dica.
Já agora, aproveito para dizer que já ouvi estes dois vídeos, enquanto trabalhava no computador, mais vezes do que gostaria de admitir.
Aqui está uma excelente ideia. Peço desculpa mas não tenho informações sobre onde e como vender cabelo. Porém, recordo-me perfeitamente de ver uma reportagem a dizer que rendia uma boa soma.
Já imaginaram o nível de compromisso e a motivação desta jovem para deixar crescer o cabelo até àquele comprimento? Eu não acho que conseguisse.
Muito recentemente, o meu rendimento mensal diminuiu consideravelmente. Considero-me afortunada por ter conseguido implementar todas as medidas que me permitiram poupar o suficiente para ter um fundo de emergência que me permite ultrapassar este momento com alguma serenidade.
Isso fez com que voltasse ao ponto de partida: saber onde estou para saber em que direcção posso seguir. Hoje (e felizmente), o meu ponto de partida é muito diferente daquele de onde parti há dois anos: as dívidas integralmente pagas e um fundo de emergência.
Mas a quebra nos rendimento de trabalho implica que procure outras formas de rendimento, nomeadamente venda de objectos usados. Esta semana consegui - finalmente - vender um conjunto de mobiliário. Não foi ao melhor preço, mas foi a um preço realista e esse dinheiro irá TODO para o fundo de emergência (se tivesse alguma dívida, seria encaminhado para lá).
A minha estratégia de venda consiste:
1) Boas fotografias que se destaquem do todo
Há milhares de negócios com milhares de fotos, mas há um punhado de negócios com fotos que se destaquem: com luz natural, bem focadas, que mostram bem o produto e as suas características.
Quando alguém vê as fotografias de negócios meus, vê bem o estado do produto e todos os defeitos (que faço questão de destacar e fotografar em pormenor).
Recentemente, um comprador referiu que me escolheu precisamente por isso, porque as fotos demonstravam claramente o estado das coisas.
2) Destacar como um investimento
De tempos a tempos, invisto num destaque a um anúncio. Julgo ser muito útil para trazer novas visualizações, novos compradores. Geralmente faço isso depois de acrescentar ao perfil um grande número de negócios.
3) Destacar sem custos
Há quem publicite os seus negócios junto de amigos e páginas de redes sociais, eu prefiro utilizar um blog pessoal para o efeito. Na coluna lateral do blog coloquei o link para as páginas em que vendo ou troco coisas.
Há quem considere que é uma forma passiva de destacar os nossos negócios, mas eu acredito que mantendo um blog com conteúdos interessantes isso trará leitores/as e potenciais compradores/as.
4) Ser realista
Vendi um conjunto de mobiliário por 16% do preço de compra (sem pensar em inflacções e afins). Mas eu comprei a "marca" e quem comprou, comprou a funcionalidade. E, o mesmo tipo de produto sem a marca, não ficaria muito longe desse preço, mesmo comprado novo.
Na verdade, foi um exemplo de compra irreflectida e má gestão financeira (se pudesse avisar a minha versão de 20 anos...). Libertei-me de algo que não me servia, não gostava e que não era mais que um estorvo na vida e na mente.
Penso na diferença de preço como o preço de ter utilizado o mobiliário durante mais de 10 anos.
A cadeira vendida foi substituída por uma cadeira que encontrei nos arrumos dos meus pais; o armário não será substituído (mais espaço); o módulo de gavetas não será substituído (mais espaço); a secretária será substituída por uma mesa simples, menor e low cost (uma prancha de madeira, umas pernas e um pouco de verniz).
O divertido vídeo que faz uma paródia aos anúncios do site OLX é, no fundo, muito mais próximo da realidade de vender bens usados através da internet.
A verdade é que é mais provável que não vendam que vendam. Paralelamente, o mesmo acontece nos blogs e páginas pessoais que publicitam esses ou outros negócios pessoais. Tenho notado que há alguns erros em que vejo algumas pessoas incorrerem frequentemente:
Erro nº1 - O que é demais, é demais
Bombardearem outras páginas (nomeadamente de amigos e conhecidos) com anúncios sucessivos é um grande erro. Um blog será consultado se o leitor desejar e as páginas de facebook podem perfeitamente serem ocultadas sem que que quem publica o saiba.
A frequência não é igual a qualidade e o excesso levará a que as pessoas se afastem das páginas. Há outras formas de gerar interesse em torno dos vossos negócios. É uma questão de encontram um ponto de criatividade.
Erro nº 2 - As distracções irritantes
Tenho visto imensas páginas e blogues que têm vários pontos negativos para um destaque bem sucedido de um negócio: ou é a música automática ou milhares de imagens a piscar de todas as cores e feitios.
Se o objectivo é que o vosso produto seja o ponto fulcral, se é ele o mais importante, porque criar outras diversões que apenas vão distrair o vosso potencial comprador?
Erro nº 3 - Uma atitude negativa
Pessoas positivas irão sempre ter mais sucesso que as pessoas negativas. Um/a vendedor/a constantemente a queixar-se disto ou daquilo, ou até a questionar porque x leitores não são iguais a um igual número de vendas, ou que fazem da sua página uma extensão dos seus problemas pessoais correm sérios riscos de alienar quem procura comprar.
Todos nós temos os nossos problemas, optar por não lidar com os problemas de pessoas que nem conhecemos, acaba por ser uma reacção natural.
Nunca. Nunca. Nunca. Nunca faça comentários negativos sobre outros negócios e/ou vendedores. Nunca!
As minhas sugestões:
Sugestão nº 1 - Publicite os negócios sem falar neles
Durante anos vendi itens no site Miau, nunca o publicitei. Limitei-me a criar um link no meu blog pessoal para a minha área de negócios.
Conhecem aquela expressão num filme: se construires eles virão? Essa tornou-se a minha estratégia: crio uma ligação permanente para os meus negócios.
Se eu não gosto desse tipo de publicidade, porque deveria esperar que outras pessoas gostassem? Criando conteúdos alternativos, mantenho um link permanente para conteúdos interessantes (espero eu) que façam as pessoas revisitar o blog e, de vez em quando, espreitar as novidades na zona de negócios.
Falta inspiração? Colecione algumas das suas citações preferidas para publicar; se vende um livro fale dele e do trecho que mais a impressionou; se é artesã, porque não publicar algumas fotos do trabalho em progresso ou tutoriais de como fazer alguns projectos? Se vende roupa, faça diversos looks que demonstrem como a peça é versátil.
O importante é manter um ponto de interesse constante e não abandonar o blog/página durante semanas a fio.
Sugestão nº 2 - Destaque o que realmente importa
Fotos claras e em que o ponto de enfoque é o que deseja vender, informação precisa e sem erros ortográficos, bem como facilidade no contacto devem ser os aspectos mais importantes no blog/página.
Se não sabe tirar fotos, a dica que resolve metade dos problemas é: luz natural. ;)
Sugestão nº 3 - Uma atitude positiva
Crie uma ligação positiva com quem lê. Vai vender um gato em tecido? Junte-lhe um pequeno poema sobre gatos, uma citação ou uma anedota. Aliás, uma da forma de ir renovando as publicações sobre esse produto é variando o que a acompanha. É um objecto útil? Faça um post sobre como é útil e em que pode ser utilizado e depois simplesmente mostre o caminho para o seu produto. Por vezes basta um link para um vídeo sobre o produto.
Em vez de chorar o que não vende, celebre as encomendas/vendas desse dia! As pessoas querem ser alegradas e inspiradas por isso seja essa fonte de alegria e inspiração.
Crie ligações com outros vendedores, elogie os trabalhos que gosta e publique as suas inspirações. Laços criam laços.
Vender melhor poderá ser o caminho para vender mais.
Como havia prometido, continuo a informar sobre a minha experiência com preenchimento de questionários online, como fontes alternativas de rendimentos. Mantenho que neste, não acredito em formas milagrosas de ganhar dinheiro. É apenas mais um mealheiro, um grão a juntar aos outros grãos.
Inscrevi-me no Global Test Market (www.globaltestmarket.com) em Setembro de 2011 com cerca de 50 questionários em que, para 21 deles, apenas me foram creditados 5 pontos, por não ter o perfil necessário. No total, recebi 1000 pontos que me permitiram o resgate de 50 dólares americanos, ou seja, €38.00.
A generalidade dos questionários é de 35 a 40 pontos, pelo que é possível que um outro perfil (mais abrangente) permita atingir o mínimo de resgate de forma mais célere.
Como habitualmente, conseguir a subscrição de novos membros rende 20 pontos. Tal poderá explicar alguns relatos irrealistas que tenho lido.
Este post pretende ser uma actualização do que publiquei em 10/09/2012 e que poderão consultar aqui.
Relativamente à conta Hiving (www.hiving.pt) solicitei os primeiros €5.00 ao trocar 400 pontos. É esse o resultado de responder a todos os questionários que iam aparecendo na minha caixa de correio. Não participei em qualquer passatempo nem solicitei inscrições de amigos através de links de recomendação do serviço.
Tendo em conta a quantidade de vezes em que iniciei questionários e depois de diversas questões fui excluída por não me enquadrar no perfil pretendido, não posso deixar de concluir que o tempo dispendido (em 15 meses) não compensa o valor obtido.
Hoje, optei por encerrar a conta.
Outra conta que decidi terminar é a de Mundo de Opiniões (www.mundodeopinioes.com.pt). No mesmo período de 15 meses, apenas tive 4 questionários que atribuissem pontos. Recordo que respondo a todos os questionários para os quais sou notificada.
Além destes, há questionários que não conferiam pontos e que deixei de preencher a partir de determinada data (pelo volume exagerado). A generalidade dos questionários têm como recompensa a participação em sorteios e ofertas a instituições de solidariedade. Que ofertas, não é indicado, mas um contador na área de membro indica 1 décimo de cêntimo por segundo.
Hoje, optei por encerrar a conta.
Esta é a minha experiência com as contas acima indicadas.