FINALMENTE e depois de anos de tentativas, eu e o meu irmão chegamos a um entendimento. Acabou-se a troca de prendas entre nós.
De todas as pessoas, era sempre quem me causava mais stress porque nunca sabia o que lhe dar. É demasiado geek para eu arriscar tecnologia e não gosta de ler (o que me leva a suspeitar que possa ter sido adoptado).
A situação chegou ao ridículo de oferecermos, um ao outro, cartões presente do mesmo centro comercial.
[Desesperado] Pediu-me para não dar à filha brinquedos que façam barulho. :)
[Se te portares mal...] Eu prometi que só comprava um livro.
A única concessão foi dar-lhe um link do OLX, para um livro usado que eu queria, para a minha sobrinha me oferecer.
Li "conflitos" e passou-me na cabeça uma imagem da Raquel a levar com uma meia de natal na cabeça. Juro que não foi intencional. :) [Acabo de comer uma rabanada de forno, com uma bela dose de calda doce, pelo que estou muito bem disposta.]
Tem toda a razão, Raquel. Alargamos o Natal, em boa medida, reduziu-se à "troca toma lá, dá cá" de presentes. É uma pena.
Eu vejo as coisas nesta perspectiva: muitos de nós vive como muito poucos rendimentos. Por isso, há despesas (algumas até necessidades, como roupa), que são verdadeiros luxos.
No meu exemplo com o meu irmão, acabamos com os presentes entre nós, mas queremos manter os presentes da pequenada. O que eu escolhi (abaixo do €10 e usado, porque quero reduzir a minha pegada ambiental) é para a minha sobrinha me oferecer. Não é uma necessidade, é precisamente algo que não compraria - porque tenho 400 livros em casa e 3 cartões de bibliotecas municipais e não era possível justificar-me essa compra, mas que adoraria receber.
Prometo que, quando abrir o presente dela, foi fazer uma representação perfeita de alguém surpreso porque "era exactamente isso que eu queria". Digna de um Óscar.
Mas a surpresa não tem de ser completamente excluída. Podemos dizer que "estou a precisar disto" ou "gostaria de ter uma coisa" mas haver margem suficiente para a outra pessoa escolher algo personalizado.
Mas é uma questão de gosto pessoal. Há quem goste e há quem não goste. E se não fosse o gosto, que seria do amarelo? :)